Caracterização da empatia em internos de medicina geral e familiar
Objetivos: Caracterizar o nível de empatia dos internos do primeiro e último ano da formação específica (FE) em medicina geral e familiar (MGF) e comparação entre os referidos grupos. Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal. Local: Administrações Regionais de Saúde (ARS) de Portugal....
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2017-05-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Nuno Basílio Ana Sofia Vitorino José Mendes Nunes |
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Objetivos: Caracterizar o nível de empatia dos internos do primeiro e último ano da formação específica (FE) em medicina geral e familiar (MGF) e comparação entre os referidos grupos.
Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal.
Local: Administrações Regionais de Saúde (ARS) de Portugal.
População: Internos de MGF em formação específica nas ARS de Portugal.
Métodos: Aplicou-se um questionário anónimo, de autopreenchimento, utilizando a Jefferson Scale of Physician Empathy (JSPE), adaptada e validada para a população médica portuguesa, a uma amostra de conveniência de internos selecionada do universo pretendido. Os inquéritos foram aplicados presencialmente ou via e-mail pessoal. A análise estatística foi feita através de SPSS (R) v. 19.0.
Resultados: Foram recolhidos 304 questionários: 84 do grupo de internos que iniciaram a FE em 2012 (taxa de resposta (TR)=20,6%) e 220 do grupo de internos que iniciaram a FE em 2016 (TR=42,3%), pertencendo a maioria dos internos de cada grupo à ARS de Lisboa e Vale do Tejo (52,4% e 61,4%, respetivamente). Entre ambos os grupos não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na variável sexo (p=0,466). Os níveis medianos de empatia (ME) obtidos com a aplicação da JSPE não apresentam diferenças estatisticamente significativas nos dois grupos [ME(2012)=119,00; ME(2016)=118,00; p=0,678] e a experiência prévia na área da comunicação não se relaciona com melhor pontuação (p=0,610). Os elementos do sexo feminino apresentaram níveis de empatia estatisticamente superiores (p=0,008).
Conclusões: Os resultados obtidos são comparáveis a estudos nacionais e internacionais com estudantes de medicina. A capacidade empática não parece variar com a formação específica ou com a formação pré-graduada. A baixa taxa de resposta não permitiu atingir representatividade, limitando a robustez dos resultados. O presente estudo é o ponto de partida para a análise da variação da capacidade empática ao longo da formação específica.
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-b4bcf3ca048747e09e2b7830c20f0de52024-03-20T14:06:00ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812017-05-0133310.32385/rpmgf.v33i3.12159Caracterização da empatia em internos de medicina geral e familiarNuno Basílio0Ana Sofia Vitorino1José Mendes Nunes2Médico Interno de Medicina Geral e Familiar. USF CarcavelosMédica Interna de Medicina Geral e Familiar. UCSP ParedeProfessor Auxiliar convidado. Unidade de Medicina Geral e Familiar, NOVA Medical School. Assistente Graduado Sénior. USF Carcavelos, ACeS Cascais Objetivos: Caracterizar o nível de empatia dos internos do primeiro e último ano da formação específica (FE) em medicina geral e familiar (MGF) e comparação entre os referidos grupos. Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal. Local: Administrações Regionais de Saúde (ARS) de Portugal. População: Internos de MGF em formação específica nas ARS de Portugal. Métodos: Aplicou-se um questionário anónimo, de autopreenchimento, utilizando a Jefferson Scale of Physician Empathy (JSPE), adaptada e validada para a população médica portuguesa, a uma amostra de conveniência de internos selecionada do universo pretendido. Os inquéritos foram aplicados presencialmente ou via e-mail pessoal. A análise estatística foi feita através de SPSS (R) v. 19.0. Resultados: Foram recolhidos 304 questionários: 84 do grupo de internos que iniciaram a FE em 2012 (taxa de resposta (TR)=20,6%) e 220 do grupo de internos que iniciaram a FE em 2016 (TR=42,3%), pertencendo a maioria dos internos de cada grupo à ARS de Lisboa e Vale do Tejo (52,4% e 61,4%, respetivamente). Entre ambos os grupos não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na variável sexo (p=0,466). Os níveis medianos de empatia (ME) obtidos com a aplicação da JSPE não apresentam diferenças estatisticamente significativas nos dois grupos [ME(2012)=119,00; ME(2016)=118,00; p=0,678] e a experiência prévia na área da comunicação não se relaciona com melhor pontuação (p=0,610). Os elementos do sexo feminino apresentaram níveis de empatia estatisticamente superiores (p=0,008). Conclusões: Os resultados obtidos são comparáveis a estudos nacionais e internacionais com estudantes de medicina. A capacidade empática não parece variar com a formação específica ou com a formação pré-graduada. A baixa taxa de resposta não permitiu atingir representatividade, limitando a robustez dos resultados. O presente estudo é o ponto de partida para a análise da variação da capacidade empática ao longo da formação específica. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12159EmpatiaInternatoMedicina geral e familiarCuidados de saúde primários. |
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