| Summary: | Em 1992, a escola de samba Mangueira homenageia Tom Jobim em seu desfile de carnaval. Duas diferentes expressões musicais surgem dai: o samba-enredo da escola e a canção Piano na Mangueira de Jobim e Chico Buarque. Ainda que ambos representem encontros musicais e homenagens mútuas, seu caráter é diretamente afetado por sistemas sonoros e materiais que reconhecemos como 'teorias musicais', em um sentido amplo. O desafio de se representar um piano na escola de samba, assim como os encontros e desencontros deste contexto, conduzem a uma investigação histórica, social e analítico-musical que vai além de imagens da música e busca aspectos sonoros da interação. Depara-se assim com o papel do essencialismo na música brasileira, que não só a determina, mas também se constitui como obstáculo ao que poderiam ser interfaces entre sistemas musicais, como apresentamos em nossa conclusão.
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