Antropologia multi-espécie
O presente trabalho visa – ainda que de forma resumida – refletir sobre as origens teóricas e sobre o desenvolvimento da antropologia multiespécies. A nossa breve “viagem” tem como ponto de partida o paradigma do excepcionalismo humano e o olhar antropocêntrico sobre a relação entre o ser humano e...
| Main Authors: | , |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Coimbra University Press
2022-12-01
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| Series: | Antropologia Portuguesa |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://impactum-journals.uc.pt/antropologiaportuguesa/article/view/12221 |
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| author | Catarina Casanova José Luís Vera Cortés |
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| author_sort | Catarina Casanova |
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O presente trabalho visa – ainda que de forma resumida – refletir sobre as origens teóricas e sobre o desenvolvimento da antropologia multiespécies. A nossa breve “viagem” tem como ponto de partida o paradigma do excepcionalismo humano e o olhar antropocêntrico sobre a relação entre o ser humano e a restante natureza. Este olhar, tendo constituído o paradigma central das origens da disciplina antropológica, é o resultado de formas de olhar e interpretar o mundo e a diversidade nele contida, profundamente ocidentais. Nele assentam dualismos tradicionais como natureza-cultura que justificaram o tratamento distinto do “outro”, não ocidental. Por sua vez, o fim deste paradigma surgiu como resultado da emergência de questões da modernidade, especificamente, a mediatização das questões ambientais. Neste contexto surgiu uma nova área de pesquisa, a Human-Animal Studies (HAS) assim cunhada por DeMello, não obstante outras designações utilizadas por diferentes áreas de pesquisa (ex.: antrozoologia). Nesta nova área de investigação as relações com os outros animais são vistas como co-construídas, interdependentes e relacionais assim como os próprios ecossistemas e estão enquadradas numa nova linha de pensamento: a pós-humana.
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| first_indexed | 2024-04-13T05:36:02Z |
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| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 0870-0990 2182-7982 |
| language | English |
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| publishDate | 2022-12-01 |
| publisher | Coimbra University Press |
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| series | Antropologia Portuguesa |
| spelling | doaj.art-b648fd1147f841d49c8c72a7fdcb71d62022-12-22T03:00:16ZengCoimbra University PressAntropologia Portuguesa0870-09902182-79822022-12-013910.14195/2182-7982_39_2Antropologia multi-espécieCatarina Casanova0José Luís Vera Cortés1Universidade de Coimbra, CIASEscuela Nacional de Antropología e Historia O presente trabalho visa – ainda que de forma resumida – refletir sobre as origens teóricas e sobre o desenvolvimento da antropologia multiespécies. A nossa breve “viagem” tem como ponto de partida o paradigma do excepcionalismo humano e o olhar antropocêntrico sobre a relação entre o ser humano e a restante natureza. Este olhar, tendo constituído o paradigma central das origens da disciplina antropológica, é o resultado de formas de olhar e interpretar o mundo e a diversidade nele contida, profundamente ocidentais. Nele assentam dualismos tradicionais como natureza-cultura que justificaram o tratamento distinto do “outro”, não ocidental. Por sua vez, o fim deste paradigma surgiu como resultado da emergência de questões da modernidade, especificamente, a mediatização das questões ambientais. Neste contexto surgiu uma nova área de pesquisa, a Human-Animal Studies (HAS) assim cunhada por DeMello, não obstante outras designações utilizadas por diferentes áreas de pesquisa (ex.: antrozoologia). Nesta nova área de investigação as relações com os outros animais são vistas como co-construídas, interdependentes e relacionais assim como os próprios ecossistemas e estão enquadradas numa nova linha de pensamento: a pós-humana. https://impactum-journals.uc.pt/antropologiaportuguesa/article/view/12221Paradigma do excecionalismo humanoantropologia multiespécieantropologia para além do humano |
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