Summary: | O artigo pretende aferir as razões que terão ditado a ausência das grandes potências geralmente envolvidas em peacekeeping na missão das Nações Unidas estabelecida em 1993 na Libéria (UNOMIL). Pelo recurso ao cruzamento de diferentes níveis de análise (sistémico, transnacional e estatal), tentar-se-á perceber por que motivos os Estados Unidos e o Canadá (e também Reino Unido, Itália e França, ainda que de forma menos central) não contribuíram militarmente para esta missão, marcando presença (juntas ou alternadamente) em todas as outras missões da ONU que, à data, se encontravam no terreno. O argumento essencial defendido é o de que a missão de paz na Libéria, em 1993, foi vítima de um conjunto de circunstâncias adversas, registadas a vários níveis, num momento de profunda desestabilização da vida internacional.
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