Avaliação da prática do autocuidado domiciliar em hanseníase

O objetivo deste estudo foi verificar se indivíduos acometidos pela hanseníase realizavam adequadamente a prática do autocuidado e possíveis fatores interferentes. Trata-se de um estudo documental, observacional e descritivo de inquérito domiciliar. A amostra abrangeu todos os onze pacientes detect...

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Main Authors: Noêmi Garcia de Almeida Galan Galan, Marli Luiz Beluci, Lucia Helena Soares Camargo Marciano, Renata Bilion Ruiz Prado, Nagila Garcia Galan de Oliveira, Ariane Gasparotto Bonini, Fabio Ribeiro Arakaki, Gisele da Silva Guimarães
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Lauro de Souza Lima 2014-11-01
Series:Hansenologia Internationalis
Subjects:
Online Access:https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36181
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description O objetivo deste estudo foi verificar se indivíduos acometidos pela hanseníase realizavam adequadamente a prática do autocuidado e possíveis fatores interferentes. Trata-se de um estudo documental, observacional e descritivo de inquérito domiciliar. A amostra abrangeu todos os onze pacientes detectados durante um ano, em um município com 120.000 habitantes no interior do estado de SP. Foram coletados os dados clínicos e cuidados prescritos dos prontuários. A entrevista e a observação das práticas de autocuidado foram realizadas no domicílio. Foi solicitado aos participantes para identificarem os problemas decorrentes da doença, demonstrarem quais, como e quando faziam o autocuidado, o qual foi classificado como: realizado adequadamente, parcialmente ou não realizado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Nº 06/2007). Dos cinco que apresentavam grau 2 de incapacidades, três realizavam parcialmente e dois não realizavam o autocuidado. Demonstraram dificuldades em aceitar o comprometimento físico e de incorporar as práticas diárias por fatores multicausal, o mesmo aconteceu com aqueles com grau 1. A necessidade da manutenção do trabalho laboral, com exposição a traumas físicos e em período integral, pode levar a ocultação da doença, seja para si ou para a sociedade, e dificultar as ações de autocuidado, tanto pela falta de tempo quanto pela não aceitação da doença. O modelo paternalista, fragmentador e mecânico da assistência em saúde, sugere uma tendência à dependência dos serviços institucionais, desconstruindo a autonomia e a responsabilidade individual sobre seu estado de saúde, desmotivando as ações do autocuidado domiciliar.
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