Reorganização Gerencialista da Escola e Trabalho Docente
O artigo analisa formas gerencialistas de reorganização do Estado e suas repercussões para a educação, em especial para a gestão, o currículo e o trabalho docente. Como forma de organização da gestão pública, o gerencialismo segue critérios da produtividade, orientação para o cliente, modelos descen...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
2012-01-01
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Series: | Educação: Teoria e Prática |
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author | Álvaro Moreira Hypolito |
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description | O artigo analisa formas gerencialistas de reorganização do Estado e suas repercussões para a educação, em especial para a gestão, o currículo e o trabalho docente. Como forma de organização da gestão pública, o gerencialismo segue critérios da produtividade, orientação para o cliente, modelos descentralizados, eficiência dos serviços, introdução de mecanismos de mercado na administração pública e programas de responsabilização – accountability – e avaliação, além das parcerias público-privado e do quase-mercado. A lógica neoliberal e gerencialista interpela os sujeitos, as escolas, os professores e as professoras, no sentido de uma subjetivação que conduz a comportamentos de aceitação e que são muito produtivos para um desempenho das políticas educativas, no sentido de atender ao modelo mercadológico e gerencial das políticas, tanto nos aspectos da gestão, do currículo e das práticas escolares. É a performatividade operando cotidianamente nas escolas, tanto para o currículo, para a gestão e para o trabalho docente. O texto busca demonstrar que há repercussões sobre o processo de trabalho escolar e docente, com profundas mudanças na gestão escolar, na organização do trabalho, com significativos efeitos de precarização das condições de trabalho e de intensificação. O controle e a regulação, com base nas parcerias público-privadas, introduzem um volume de novos requisitos para o professorado, que passa a se sentir responsabilizado e culpado pelo seu desempenho. O artigo conclui que muitos indicadores mostram que essas soluções, extremamente onerosas para o Estado, têm sido pouco efetivas para a melhoria da qualidade do ensino. |
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