| Summary: | O presente artigo apresenta uma análise de mecanismos utilizados pelo compositor Vitor Ramil expressos, de maneira extramusical, por meio do ensaio A Estética do Frio, na busca da construção de uma identidade sonora que corrobore a sua proposta estética. A partir do songbook do compositor, seu repertório e transcrições, são analisadas escolhas estéticas e idiomáticas feitas por Ramil enquanto violonista e sua relação com o texto cantado. A pesquisa aponta para uma relação entre os conceitos expressos na Estética do Frio, especificamente na canção Milonga de Sete Cidades, como filtros criativos para a composição das partes de violão e suas especificidades sonoras, as tornando parte indissociável da composição como um todo. Assim, busca-se elucidar a relação entre a construção do seu repertório e as ferramentas técnicas utilizadas na obtenção de uma sonoridade característica inserida numa proposta estética.
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