Summary: | A partir da abordagem do filme Histórias de Mawary (2009), de Ruben Caixeta de Queiroz, o artigo dá continuidade a nossa pesquisa em torno da aproximação entre perspectivismo e cinema contemporâneo no Brasil. A troca de olhares entre os personagens e a câmera é vista aqui como parte de um jogo perspectivista que tem no ritual o seu clímax. A filmagem do ritual e a montagem -- com valorização do plano-sequência -- nos remete, em novos termos, ao regime do discurso indireto livre (ou subjetiva indireta livre, para Pasolini). Nesse momento de abertura do discurso por conta da intensidade da relação, o canto, o corpo e o olhar dos personagens (estes já em metamorfose) podem matizar, por dentro, a perspectiva da câmera.
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