Incidência de Sífilis Congênita em Regiões Geográficas Brasileiras, 2007-2016

A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa, de notificação compulsória, estando associada a óbitos fetais, perinatais, baixo peso ao nascer e outras sequelas. O objetivo do estudo foi analisar a incidência de sífilis congênita no Brasil segundo região geográfica e ano, no período de 2007 a...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Leonor de Castro Monteiro Loffredo, Rodolpho Telarolli Júnior, Bruno Lian Sartore Segantini, Christian Wagner Maurencio, Fabiano Santos Galego, João Ramalho Borges, Társis Eschaquetti Benevides
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2020-04-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/954
Description
Summary:A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa, de notificação compulsória, estando associada a óbitos fetais, perinatais, baixo peso ao nascer e outras sequelas. O objetivo do estudo foi analisar a incidência de sífilis congênita no Brasil segundo região geográfica e ano, no período de 2007 a 2016. Tratou-se de um estudo epidemiológico com finalidade exploratória, do tipo ecológico e de séries temporais. Foram obtidos os casos anuais de sífilis congênita notificados ao SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação, Ministério da Saúde) e o número de nascidos-vivos segundo o Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC, Ministério da Saúde) entre 2007 e 2016 segundo região geográfica: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Por se tratar de um estudo que utiliza fontes secundárias de dados, a subnotificação de nascimentos e diagnósticos é sua principal limitação metodológica. Foram calculadas taxas de incidência, apresentadas em tabelas e gráficos. A incidência da sífilis congênita no Brasil no período de 2007 a 2016 foi de 3,97 por 1.000 nascidos vivos, aumentando significativamente no último quinquênio (p<0,05), comportamento também verificado por região geográfica. O aumento da sífilis congênita é preocupante, podendo ser decorrente de má-qualidade de pré-natal, do modelo inadequado do tratamento das gestantes e respectivos parceiros e da redução da subnotificação do problema. Como medidas adequadas para minorar o impacto desse problema de saúde pública, recomenda-se o aumento da cobertura e da qualidade da assistência pré-natal, com o diagnóstico precoce e tratamento da sífilis na gestante e seus parceiros sexuais, além do acompanhamento dos recémnascidos.
ISSN:0104-7809
1980-3990