Movimentos de quadris e movimentos feministas: Millôr e feminismo (1968-1982)

O humor, não raras vezes, é considerado um mero instrumento de fazer rir, sem sentido político ou ideológico. Entretanto, se considerarmos o poder das palavras, como constituintes não só de sentidos, mas também de subjetividades, a piada e o deboche podem assumir contornos sérios, com repercussões c...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cíntia Lima Crescêncio
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Passo Fundo (UPF) 2012-05-01
Series:História: Debates e Tendências
Subjects:
Online Access:http://seer.upf.br/index.php/rhdt/article/view/3069/2052
Description
Summary:O humor, não raras vezes, é considerado um mero instrumento de fazer rir, sem sentido político ou ideológico. Entretanto, se considerarmos o poder das palavras, como constituintes não só de sentidos, mas também de subjetividades, a piada e o deboche podem assumir contornos sérios, com repercussões capazes de conter ou estimular a transformação. As integrantes dos movimentos feministas de segunda onda no Brasil conheceram como ninguém os alcances da zombaria quando o assunto é a desestabilização das expectativas de gênero. Millôr Fernandes, jornalista, chargista e humorista, costuma ser o nome mais lembrado nesse pouco honroso hall da fama em que jornalistas atuantes nos mais variados impressos durante a ditadura civil-militar são acusados de sexistas e misóginos. Desejando extrapolar essas críticas já conhecidas, o presente artigo tem como objetivo refletir sobre o papel de Millôr no combate e também na divulgação dos feminismos brasileiros, a partir de pesquisas já elaboradas n’ O Pasquim e a partir de excertos da revista Veja, que são articulados ainda a um compêndio em que o jornalista ocupa-se de dissertar sobre o feminismo.
ISSN:2238-8885