Wittgenstein e Freud:

As pretensões teóricas do presente trabalho conjunto se concentram, primeiramente, sobre a discussão do conceito de inconsciente que, por conseguinte, nos leva também a uma tomada de posicionamento a respeito do que seja o próprio pensamento. Enquanto uma primeira resposta, poderíamos tentar defini-...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Pedro Olivieri Fonseca, Mirian Donat
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual do Ceará 2023-05-01
Series:Kalagatos
Subjects:
Online Access:https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/10192
_version_ 1797256657829363712
author Pedro Olivieri Fonseca
Mirian Donat
author_facet Pedro Olivieri Fonseca
Mirian Donat
author_sort Pedro Olivieri Fonseca
collection DOAJ
description As pretensões teóricas do presente trabalho conjunto se concentram, primeiramente, sobre a discussão do conceito de inconsciente que, por conseguinte, nos leva também a uma tomada de posicionamento a respeito do que seja o próprio pensamento. Enquanto uma primeira resposta, poderíamos tentar defini-lo como uma atividade da consciência. A partir da segunda filosofia de Wittgenstein, na obra Investigações Filosóficas, podemos encontrar a definição que ele dá para aquilo que configura o pensamento, sendo este um acontecimento dentro da linguagem, e assim se utiliza do solo comum da linguagem e da sua premissa de comunicabilidade para investigar seus níveis de intersubjetividade. Colocamos em comparação a esta ideia de pensamento apresentada por Wittgenstein para criar um paralelo com uma leitura sobre o conceito de inconsciente. Começando a nossa investigação sobre esse conceito, conforme foi colocado e apresentado pela psicanálise freudiana, como sendo uma parte subterrânea da psique que não se apresenta para a consciência, mas que aparece de maneira latente dentro do ato de pensamento como categoria de atribuição de sentido para a linguagem e seu uso. Deste modo, investigaremos seu método interpretativo de decodificação desse sentido inconsciente analisado dentro do uso da linguagem e como o próprio Wittgenstein criticou esse método enquanto uma metodologia científica. Por fim, como parte da conclusão entre um debate científico e estético articulado dentro da teoria wittgensteiniana e freudiana, gostaríamos de adicionar para dentro deste debate, ainda que de maneira breve, uma noção de inconsciente apresentada por Rancière para que então, possamos colocar em paridade as considerações feitas por Wittgenstein, juntamente com esta noção de Rancière, ao corroborar uma leitura da psicanálise freudiana que não parte mais estritamente de uma estrutura científica, mas para elaborar a possibilidade de uma leitura da psicanálise vinculada a estética e vinculada a arte.
first_indexed 2024-04-24T22:25:14Z
format Article
id doaj.art-b969a8dc44f9473ab25020bb63257333
institution Directory Open Access Journal
issn 1808-107X
1984-9206
language English
last_indexed 2024-04-24T22:25:14Z
publishDate 2023-05-01
publisher Universidade Estadual do Ceará
record_format Article
series Kalagatos
spelling doaj.art-b969a8dc44f9473ab25020bb632573332024-03-20T02:07:00ZengUniversidade Estadual do CearáKalagatos1808-107X1984-92062023-05-01202eK23039eK230399125Wittgenstein e Freud:Pedro Olivieri Fonseca0Mirian Donat1Universidade Estadual de LondrinaUniversidade Estadual de LondrinaAs pretensões teóricas do presente trabalho conjunto se concentram, primeiramente, sobre a discussão do conceito de inconsciente que, por conseguinte, nos leva também a uma tomada de posicionamento a respeito do que seja o próprio pensamento. Enquanto uma primeira resposta, poderíamos tentar defini-lo como uma atividade da consciência. A partir da segunda filosofia de Wittgenstein, na obra Investigações Filosóficas, podemos encontrar a definição que ele dá para aquilo que configura o pensamento, sendo este um acontecimento dentro da linguagem, e assim se utiliza do solo comum da linguagem e da sua premissa de comunicabilidade para investigar seus níveis de intersubjetividade. Colocamos em comparação a esta ideia de pensamento apresentada por Wittgenstein para criar um paralelo com uma leitura sobre o conceito de inconsciente. Começando a nossa investigação sobre esse conceito, conforme foi colocado e apresentado pela psicanálise freudiana, como sendo uma parte subterrânea da psique que não se apresenta para a consciência, mas que aparece de maneira latente dentro do ato de pensamento como categoria de atribuição de sentido para a linguagem e seu uso. Deste modo, investigaremos seu método interpretativo de decodificação desse sentido inconsciente analisado dentro do uso da linguagem e como o próprio Wittgenstein criticou esse método enquanto uma metodologia científica. Por fim, como parte da conclusão entre um debate científico e estético articulado dentro da teoria wittgensteiniana e freudiana, gostaríamos de adicionar para dentro deste debate, ainda que de maneira breve, uma noção de inconsciente apresentada por Rancière para que então, possamos colocar em paridade as considerações feitas por Wittgenstein, juntamente com esta noção de Rancière, ao corroborar uma leitura da psicanálise freudiana que não parte mais estritamente de uma estrutura científica, mas para elaborar a possibilidade de uma leitura da psicanálise vinculada a estética e vinculada a arte.https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/10192estéticainconscientelinguagempsicanálise
spellingShingle Pedro Olivieri Fonseca
Mirian Donat
Wittgenstein e Freud:
Kalagatos
estética
inconsciente
linguagem
psicanálise
title Wittgenstein e Freud:
title_full Wittgenstein e Freud:
title_fullStr Wittgenstein e Freud:
title_full_unstemmed Wittgenstein e Freud:
title_short Wittgenstein e Freud:
title_sort wittgenstein e freud
topic estética
inconsciente
linguagem
psicanálise
url https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/10192
work_keys_str_mv AT pedroolivierifonseca wittgensteinefreud
AT miriandonat wittgensteinefreud