Summary: | Este artigo examina os nexos entre a visão de homem martiana e a política revolucionária que defendeu para Cuba no final do século XIX, nos marcos de uma utopia de unidade continental. Mais do que um bastião da soberania latinoamericana, o militante cubano visualizou no ideario de Nuestra América o potencial civilizatório para realizar uma utopia humanista alternativa, referenciada por uma concepção trascendente da natureza humana e pautada pelo amor. Ao relacionar de modo indissociável a realização espiritual do homem a uma resposta política aos problemas históricos, o pensamento de Martí revela uma notável afinidade com as ideias esposadas pela Teologia da Libertação a partir da segunda metade do século XX, reforçada pela radicalidade do seu testemunho pessoal.
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