A vida póstuma da agudeza
O artigo realiza uma leitura cerrada de “Passim”, que, como um poema em paralaxe, forja, com o dispositivo do fragmentarismo, uma unidade anômala de discursos sobre a morte, e constitui uma demonstração in extremis dos limites e possibilidades do discurso poético. Assim, o horror e o luto, pontos n...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2023-07-01
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Series: | FronteiraZ |
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Online Access: | https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/60809 |
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author | Yasmin Magalhães |
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O artigo realiza uma leitura cerrada de “Passim”, que, como um poema em paralaxe, forja, com o dispositivo do fragmentarismo, uma unidade anômala de discursos sobre a morte, e constitui uma demonstração in extremis dos limites e possibilidades do discurso poético. Assim, o horror e o luto, pontos nevrálgicos da cultura ocidental, são reconhecidos no poema como definidores da disputa entre o eu cognoscente, de um lado; e o pensamento incoativo, a impossibilidade de sentido e o apagamento de outro, de modo a formular um agon sobre o próprio ser-sobre da existência circunscrita pela consciência da finitude e da fragilidade da vida. A leitura, por fim, identifica os vínculos íntimos entre a legibilidade da lírica, a montagem discursiva, a condição performativa do eu e sua dramatização na ritualização do luto – vínculos condicionados ao desvelo dos artifícios da retórica, que subsistem ruinares e reatualizados, ainda produtivos, na poesia contemporânea de Deguy.
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institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1983-4373 |
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publishDate | 2023-07-01 |
publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
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spelling | doaj.art-ba1ca201383c45a0ab3a7629328ba3282023-10-31T20:56:13ZporPontifícia Universidade Católica de São PauloFronteiraZ1983-43732023-07-013010.23925/1983-4373.2023i30p97-113A vida póstuma da agudezaYasmin Magalhães0Doutoranda UERJ O artigo realiza uma leitura cerrada de “Passim”, que, como um poema em paralaxe, forja, com o dispositivo do fragmentarismo, uma unidade anômala de discursos sobre a morte, e constitui uma demonstração in extremis dos limites e possibilidades do discurso poético. Assim, o horror e o luto, pontos nevrálgicos da cultura ocidental, são reconhecidos no poema como definidores da disputa entre o eu cognoscente, de um lado; e o pensamento incoativo, a impossibilidade de sentido e o apagamento de outro, de modo a formular um agon sobre o próprio ser-sobre da existência circunscrita pela consciência da finitude e da fragilidade da vida. A leitura, por fim, identifica os vínculos íntimos entre a legibilidade da lírica, a montagem discursiva, a condição performativa do eu e sua dramatização na ritualização do luto – vínculos condicionados ao desvelo dos artifícios da retórica, que subsistem ruinares e reatualizados, ainda produtivos, na poesia contemporânea de Deguy. https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/60809LíricaFragmentarismoLegibilidadeLutoSentido |
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