Magnitude, padrão e gravidade da multimorbilidade em idosos assistidos pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados: estudo transversal
Objectivos: Caraterizar, a magnitude, gravidade e padrão da multimorbilidade e verificar que associação existe entre as dimensões de multimorbilidade e condições médicas ou sistemas. Tipo de estudo: Estudo transversal, descritivo com componente analítica, por entrevista. Local: Equipas de Cuidado...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2019-05-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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Online Access: | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12416 |
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author | Paula Maria Broeiro-Gonçalves Pedro Aguiar Isabel Loureiro |
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Objectivos: Caraterizar, a magnitude, gravidade e padrão da multimorbilidade e verificar que associação existe entre as dimensões de multimorbilidade e condições médicas ou sistemas.
Tipo de estudo: Estudo transversal, descritivo com componente analítica, por entrevista.
Local: Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) da região de Lisboa e Vale do Tejo
População: Idosos com 75 e mais anos.
Métodos: Calculou-se a dimensão da amostra (n=114 idosos) para uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%, corrigida para o efeito de desenho (n=228 idosos). A amostragem foi efectuada por clusters (ECCI) aleatoriamente selecionados. A análise foi realizada através do modelo linear generalizado – GEE com recurso à ferramenta IBM SPSS versão 24.0 para o sistema operativo MAC Os.
Resultados: Participaram 230 idosos, 54% do sexo feminino, com média de idade 83,6 anos, pouco escolarizados (40% sem escolaridade) e 14,8% a residir sós. O total de diferentes condições médicas reportadas foi de 121. O número médio de problemas por pessoa foi de 9,5 e o índice de Charlson médio de 8,5. Verificou-se associação ao sexo masculino tanto para a magnitude (OR 2,452), como para gravidade (OR 22,333) da multimorbilidade. Estiveram associadas a gravidade: a multimorbilidade definida como seis ou mais condições (OR 22,333) e três ou mais sistemas (OR=3,171). A coronariopatia isquémica foi o diagnóstico associado ao maior: número médio de condições (11,64) e índice de Charlson (10,50). A hipertensão e a insuficiência cardíaca foram os diagnósticos com mais problemas associados e a mais que três sistemas.
Conclusões: A população em ECCI é idosa e com elevada multimorbilidade. Confirmou-se a diferença entre sexos com as mulheres mais velhas e os homens com maior multimorbilidade e mais grave. A definição de multimorbilidade de seis ou mais problemas esteve associada a doença multissistémica e a gravidade.
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-ba1d2da38aaa4a25b4cfdf2a0368b6e72024-03-20T14:05:37ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812019-05-0135210.32385/rpmgf.v35i2.12416Magnitude, padrão e gravidade da multimorbilidade em idosos assistidos pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados: estudo transversalPaula Maria Broeiro-Gonçalves0Pedro Aguiar1Isabel Loureiro2UCSP dos Olivais - ACeS Lisboa Central Faculdade de Medicina de Lisboa INFARMED - Comissão de Avaliação de MedicamentosProfessor Auxiliar de Epidemiologia e Estatística; Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de LisboaProfessora Catedrática de Promoção de Saúde; Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa Objectivos: Caraterizar, a magnitude, gravidade e padrão da multimorbilidade e verificar que associação existe entre as dimensões de multimorbilidade e condições médicas ou sistemas. Tipo de estudo: Estudo transversal, descritivo com componente analítica, por entrevista. Local: Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) da região de Lisboa e Vale do Tejo População: Idosos com 75 e mais anos. Métodos: Calculou-se a dimensão da amostra (n=114 idosos) para uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%, corrigida para o efeito de desenho (n=228 idosos). A amostragem foi efectuada por clusters (ECCI) aleatoriamente selecionados. A análise foi realizada através do modelo linear generalizado – GEE com recurso à ferramenta IBM SPSS versão 24.0 para o sistema operativo MAC Os. Resultados: Participaram 230 idosos, 54% do sexo feminino, com média de idade 83,6 anos, pouco escolarizados (40% sem escolaridade) e 14,8% a residir sós. O total de diferentes condições médicas reportadas foi de 121. O número médio de problemas por pessoa foi de 9,5 e o índice de Charlson médio de 8,5. Verificou-se associação ao sexo masculino tanto para a magnitude (OR 2,452), como para gravidade (OR 22,333) da multimorbilidade. Estiveram associadas a gravidade: a multimorbilidade definida como seis ou mais condições (OR 22,333) e três ou mais sistemas (OR=3,171). A coronariopatia isquémica foi o diagnóstico associado ao maior: número médio de condições (11,64) e índice de Charlson (10,50). A hipertensão e a insuficiência cardíaca foram os diagnósticos com mais problemas associados e a mais que três sistemas. Conclusões: A população em ECCI é idosa e com elevada multimorbilidade. Confirmou-se a diferença entre sexos com as mulheres mais velhas e os homens com maior multimorbilidade e mais grave. A definição de multimorbilidade de seis ou mais problemas esteve associada a doença multissistémica e a gravidade. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12416MultimorbilidadeComorbilidadePadrão de multimorbilidadeIdososvisita domiciliária |
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