Summary: | Foi constatado um contraste entre as práticas de educação em saúde e a reflexão teórica sobre as mesmas (modelos). Enquanto as primeiras têm tido um desenvolvimento considerável em estratégias, metodologias e modalidades, a segunda permanece reducionista, fragmentadora e atrelada à psicologia comportamentalista. Apontam-se como maiores problemas de tais modelos o individualismo, a alteridade nas relações educador-educando, a passividade do educando, a falta de contextualidade macrossocial e cultural, bem como a ênfase em comportamentos. Propõe-se uma práxis baseada em dez níveis de integração de dimensões múltiplas do ser humano: 1) a complexidade dos objetos requer interdisciplinaridade; 2) concepção holística; 3) integração das duas dimensões de percepção (vivência) e expressão (ação) em uma linguagem integral; 4) inserção da prática em contextos reais; 5) constatação do continuum indivíduo-coletivo; 6) educação simétrica, dialogal e ativa; 7) integração de processos intelectuais-cognitivos e afetivo-volitivos; 8) visão de riscos como vulnerabilidades de coletivos capazes de iniciativa e organização; 9) visão lúdica que inclui o real imaginado nos jogos de papéis; 10) contemplação do outro e da diversidade. Enfatiza-se o aspecto político da educação como promotora de cidadania e de mudança social.
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