Summary: | É indubitável a coexistência de preocupações higiênicas e estéticas nas transformações urbanas da cidade de São Paulo em fins do século XIX. Nesse sentido, a atenção da municipalidade com os cortiços paulistanos fez parte de um amplo plano de saneamento que buscava um ambiente belo e saudável, ou seja, útil ao bem estar social e à imagem promissora da cidade. Os vilões da saúde e da moral paulistana eram os cortiços: lugar de aglomeração, sujeira, vício e pobreza. Apesar de indesejadas, estas habitações coletivas existiam em grande número na capital paulista, e o poder público, baseado nas Posturas Municipais e no Código Sanitário de 1894, se utilizou principalmente de visitas domiciliares e interdições aos cortiços para diminuir este mal social, higiênico e estético nos arredores do centro paulistano.
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