Summary: | Resumo Este estudo etnográfico realizado em duas escolas públicas de ensino fundamental II, de São Paulo e Salvador, analisa como meninas adolescentes negociam identidades de gênero nas tramas relacionais do bullying. Conformando um processo de controle social, o bullying assenta-se em jogos de diferenças que conduzem à apreensão de normas de gênero. A discussão do bullying como violência de gênero mostra como meninas manipulam categorizações e atributos femininos tradicionais para promover distinções sociais e desigualdades de poder entre elas. As disputas por poder e status subsidiam o ordenamento social do grupo, por meio da regulação da sexualidade e de comportamentos estereotipados de delicadeza e cuidado feminino, mas também possibilitam a reivindicação de valores e práticas igualitários.
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