AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO DE BARRAS FLUVIAIS DO RIO PARANÁ POR MEIO DE IMAGENS CBERS/CCD
A formação do reservatório de Porto Primavera cortou o suprimento de sedimentos do rio Paraná. O primeiro efeito a ser observado foi a redução da carga suspensa e a seguir a progressiva retirada das formas de leito do rio. As barras fluviais são as formas ativas que menos foram afetadas, mas todas e...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
União da Geomorfologia Brasileira
2012-08-01
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Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/342 |
Summary: | A formação do reservatório de Porto Primavera cortou o suprimento de sedimentos do rio Paraná. O primeiro efeito a ser observado foi a redução da carga suspensa e a seguir a progressiva retirada das formas de leito do rio. As barras fluviais são as formas ativas que menos foram afetadas, mas todas elas deslocam-se para jusante e a avaliação de sua velocidade de deslocamento é um parâmetro que deve ser conhecido para uma adequada avaliação das transformações que o canal está sofrendo. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a velocidade de deslocamento de quatro barras fluviais situadas entre a ilha Óleo Cru (SP) e a ilha Floresta (MS). Foram utilizadas imagens orbitais (CBERS 2 CCD) obtidas no período entre 2004 e 2007, a uma razão de três imagens por ano. Por meio do programa SPRING, as imagens foram georreferenciadas, a área do canal foi recortada. A partir das informações da banda 2 (0,45 - 0,52 μm) a posição de cada barra foi definida e incorporada ao banco de dados. A comparação entre a posição da parte jusante de cada barra em cada data permitiu a avaliação do deslocamento ocorrido em cada intervalo de tempo. Os resultados permitiram observar que a velocidade média de deslocamento das quatro barras foi de 25,5 m/mês, com uma variabilidade temporal considerável, já que os valores médios ficaram situados entre 11 e 43 m/mês. A velocidade de deslocamento das barras não foi afetada pela cominuição a que estão submetidas tampouco pelo gradiente do leito, mas em duas delas foi obtida correlação positiva com a descarga máxima, enquanto que em outras duas a correlação foi negativa. Os resultados permitem concluir que a movimentação das barras é controlada por fatores hidrodinâmicos locais. |
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ISSN: | 1519-1540 2236-5664 |