Summary: | Resumo O objetivo deste estudo foi compreender as percepções sobre a participação em grupo reflexivo voltado a autores de violência contra as mulheres. Participaram 20 homens encaminhados pela vara de violência doméstica de uma região administrativa do Distrito Federal a um serviço voltado a essa clientela. A partir de entrevistas pré e pós-grupo e da análise pelo modelo bioecológico, o grupo apresentou-se como lugar de acolhimento e escuta para o homem, além de importante ferramenta na desconstrução de ideias legitimadoras da violência e de um modelo de masculinidade hegemônico, heteronormativo e rígido. O grupo mostrou-se importante na construção de novas formas de subjetivação, socialização e sociabilidade masculinas para possíveis ressignificações de suas trajetórias. Os homens perceberam a participação como positiva e notou-se mudanças nos discursos sobre violência, relações conjugais, Lei Maria da Penha e em relação ao próprio engajamento no grupo reflexivo.
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