O tráfico de crianças escravas para o Brasil durante o século XVIII

Estudando listas de escravos transportados do porto de Luanda entre 1734 e 1769, o autor estima em cerca de 10% a presença de crianças entre os escravos. Analisa os decretos de impostos de 1758, que discerniam as crias de pé e as crias de peito. Chega a uma média anual de 534 crianças, das quais 73...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Horacio Gutiérrez
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 1989-07-01
Series:Revista de História
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18592
Description
Summary:Estudando listas de escravos transportados do porto de Luanda entre 1734 e 1769, o autor estima em cerca de 10% a presença de crianças entre os escravos. Analisa os decretos de impostos de 1758, que discerniam as crias de pé e as crias de peito. Chega a uma média anual de 534 crianças, das quais 73% seriam crias de pé, declinando o número de crianças na segunda metade do século XVIII. O artigo também analisa as circunstâncias de capturas das crianças e o modo como eram alojadas nos navios, bem como sua taxa de mortalidade na travessia. Procura definir a importância de Luanda com relação a outros portos de Angola e comparar as porcentagens relativas de crianças nos portos do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Finalmente, compara o tráfico brasileiro com o tráfico inglês, dinamarquês e espanhol nas Antilhas, que apresentavam um número bastante superior de crianças.
ISSN:0034-8309
2316-9141