Reeducação vestibular em indivíduos pós-traumatismo crânio-encefálico: série de casos

Introdução – Após sofrerem um traumatismo crânio-encefálico (TCE), muitos indivíduos apresentam vertigem e desequilíbrio. A reeducação vestibular (RV) procura aumentar a estabilidade postural (EP) e diminuir a sintomatologia, sendo considerado o tratamento mais importante para indivíduos com queixa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Anabela Domingos Correia
Format: Article
Language:English
Published: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 2022-08-01
Series:Saúde & Tecnologia
Subjects:
Online Access:https://journals.ipl.pt/stecnologia/article/view/552
Description
Summary:Introdução – Após sofrerem um traumatismo crânio-encefálico (TCE), muitos indivíduos apresentam vertigem e desequilíbrio. A reeducação vestibular (RV) procura aumentar a estabilidade postural (EP) e diminuir a sintomatologia, sendo considerado o tratamento mais importante para indivíduos com queixas vestibulares pós-TCE. Objetivos – Descrever os efeitos de um programa personalizado de RV na EP e na incapacidade percebida em indivíduos pós-TCE. Metodologia – Estudo retrospetivo de uma série consecutiva de cinco indivíduos (entre os 48 e os 66 anos) com queixas de vertigem e desequilíbrio pós-TCE referenciados para RV. No início e no final do tratamento foi avaliada a EP através do teste clínico modificado de interação sensorial do equilíbrio (mCTSIB) na plataforma Basic Balance Master da Neurocom® e a incapacidade percebida através do Dizziness Handicap Inventory. Foram realizadas seis sessões de RV: exercícios de estabilização do olhar; exercícios de equilíbrio com estimulação multissensorial e em plataforma com biofeedback visual; estimulação optocinética. Resultados – Após RV verificou-se melhoria da estabilidade em três indivíduos e diminuição da perceção de incapacidade em quatro indivíduos. Discussão – Programas de exercícios de RV semelhantes ao realizado têm sido utilizados em indivíduos pós-TCE com resultados positivos, quer no aumento da estabilidade, quer na diminuição da sintomatologia e incapacidade. Considerando as melhorias verificadas nos indivíduos deste estudo, a aplicação de um programa de RV com maior durabilidade poderá apresentar melhores resultados. Conclusões – Na maioria destes indivíduos, a RV diminuiu a incapacidade percebida e aumentou a EP, o que pode contribuir para uma reinserção social e laboral mais precoce.
ISSN:1646-9704