PSICANÁLISE E POLÍTICA: A HOSTILIDADE CONTEMPORÂNEA FRENTE AO NOVO
O presente artigo é resultado de uma pesquisa teórica em psicanálise ainda em andamento, que se dedica a investigar possíveis dispositivos no interior da racionalidade contemporânea que operam de forma hostil a processos passíveis de inscrever uma novidade radical. A história mostra que algumas insu...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2022-02-01
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Series: | Psicologia em Estudo |
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author | Edcarla Melissa de Oliveira Barboza Cleyton Sidney Andrade |
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description | O presente artigo é resultado de uma pesquisa teórica em psicanálise ainda em andamento, que se dedica a investigar possíveis dispositivos no interior da racionalidade contemporânea que operam de forma hostil a processos passíveis de inscrever uma novidade radical. A história mostra que algumas insurreições e formas de resistência popular, que pareciam demonstrar a potência de produzir uma novidade, resultaram, no entanto, num retrocesso ou numa outra forma de alienação, com semblante de novidade, explicitando a presença de um impasse em torno da concepção do novo. Diante disso, esta pesquisa lança mão do conceito lacaniano de ato analítico e da noção de acontecimento em Alain Badiou, a fim de identificar indicadores passíveis de instituir uma novidade com potência política de transformação radical. Tanto a clínica quanto a política evidenciam que a produção de uma novidade exige uma ruptura abrupta e contingente, fora de qualquer ordem estabelecida pelo saber. O novo advém em desarticulação com o campo dos saberes existentes, compreendendo, pois, uma invenção singular, que não encontra lugar no horizonte previsível e calculável, do qual se nutre a razão neoliberal.
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