| Summary: | Este texto parte da desconstrução do visível, inscrita em textos de Jacques Derrida. Na fotografia, a visibilidade do que aparece vincula-se às noções de perspectiva e enquadramento, que evocam a centralidade do olhar de quem fotografa em relação à cena captada. Mostrar-se-á como essas noções deixam-se desconstruir pelos sentidos atribuídos por Derrida à foto-grafia, ao ressaltar o termo -grafia e suas implicações quanto à mostração da imagem. Será proposta uma aproximação entre o quase-conceito defoto-grafia(Derrida) e o que Borges denomina de objetos ur, indicando como ambos os autores questionam determinações ontológicas da imagem fotográfica. Por sua vez, a suposta primazia do instante, como se a fotografia atasse as temporalidades de quem fotografa e daquilo que é fotografado, também se deixa desconstruir, como se ressaltará na dialética entre instante, espera e expectativa. Tais abordagens possibilitarão pensar, por fim, espaçamentos da fotografia contemporânea, a partir do trabalho de Miguel Rio Branco.
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