Summary: | O artigo apresenta o campo das ciências sociais em saúde, que integra o da saúde coletiva, no Brasil, consolidados na década de 1970. Discute alguns pressupostos sócio-históricos dessa constituição: a reestruturação do ensino médico e das pós-graduações nos anos de 1950 e 1960, que incorporaram as ciências sociais, e a inserção de cientistas sociais nos serviços de saúde no contexto de luta pela redemocratização nas décadas de 1970 e 1980. Problematiza o contato de cientistas sociais com a saúde, tomando-a como objeto, o que resulta na discussão de questões de cunho epistemológico pouco exploradas até então pelas ciências sociais no Brasil: as relações do biológico e do social e a mediação tecnológica na produção social da saúde-doença.
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