Summary: | A doação de órgãos sempre foi um tema polêmico. Tão logo os transplantes se firmaram, seu maior fator limitante passou a ser a escassez de órgãos. A remoção de órgãos e tecidos só pode acontecer após o diagnóstico de morte encefálica, definido como a parada completa e irreversível das funções encefálicas. A fim de agilizar o processo de captação e doação de órgãos, foram instauradas as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) através da portaria no 1.262, de 16 de junho de 2006. O Hospital Cristo Redentor (HCR) é referência em trauma e neurologia, sendo um dos grandes captadores de órgãos do Rio Grande do Sul. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar os dados relativos à captação no HCR. Métodos: Os dados foram recuperados desde o ano 2005. Não há registros confirmados de captação nos anos anteriores. Resultados: No primeiro semestre de 2005, apenas 9,2% dos pacientes que foram a óbito tiveram suas famílias abordadas quanto à doação. No segundo semestre foram 10,3% das famílias abordadas, seguidos por 19,6% e 39,1% respectivamente no primeiro e segundo semestres de 2006. Em 2007, no primeiro período, 26,6% das famílias foram abordadas pela CIHDOTT e 33,8% no segundo semestre do mesmo ano. Conclusões: Nota-se com a implantação da CIHDOTT um aumento no número de famílias abordadas tanto na captação de córneas como na captação de múltiplos órgãos. Esse achado revela que apesar de estar ativa há pouco tempo, a CIHDOTT do HCR consegue atuar de forma significativa.
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