Repensando a Humanização do Sistema Único de Saúde à luz das Redes de Atenção à Saúde

O artigo é uma proposta de discussão teórica sobre a política de humanização na saúde. Parte da constatação de que existe uma transição epidemiológica onde a predominância já não são as doenças infectocontagiosas, mas as doenças crônicas de cunho metabólico. O sistema, no entanto, não está preparad...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: José Roque Junges, Rosangela Barbiani
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2012-07-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/475
Description
Summary:O artigo é uma proposta de discussão teórica sobre a política de humanização na saúde. Parte da constatação de que existe uma transição epidemiológica onde a predominância já não são as doenças infectocontagiosas, mas as doenças crônicas de cunho metabólico. O sistema, no entanto, não está preparado para acompanhar as pessoas em suas condições crônicas, porque está organizado para eventos agudos espontâneos ou para eventos frutos de situações de cronicidade. Por isso as respostas aos problemas em geral não são adequadas, colocando o sistema em crise por falta de resolutividade para o tratamento das condições crônicas. Esse fato aponta para a necessidade de construir uma clínica que consiga dar conta de acompanhar as pessoas no cotidiano da sua condição crônica. Um dos dispositivos acionadores dessa clínica, conjugando diretrizes de autonomia e de corresponsabilização, é o projeto terapêutico formulado para cada usuário em sua situação peculiar de saúde. Esse projeto exige ser pensado como linha de cuidado que depende das interfaces com a rede de atenção. Esse novo contexto do atendimento coloca novos desafios para a humanização que não pode se reduzir à ferramenta do acolhimento, precisando incluir também o autocuidado acompanhado, dependente de respostas da rede de atenção à saúde.
ISSN:0104-7809
1980-3990