A ZONA COSTEIRA DO NORTE DE PORTUGAL: UNIDADE E DIVERSIDADE. O CASO PARTICULAR DA REGIÃO DO PORTO

<p>A linha de costa do Noroeste de Portugal apresenta uma notável homogeneidade quando observada num mapa de pequena escala. Tem uma orientação muito consistente, de rumo NNW-SSE desde a fronteira com a Galiza, na foz do rio Minho, ao longo de 97km até à latitude de Espinho, cerca de 14km a su...

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Main Author: Maria Assunção Araújo
Format: Article
Language:English
Published: União da Geomorfologia Brasileira 2016-03-01
Series:Revista Brasileira de Geomorfologia
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Online Access:http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/556
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spelling doaj.art-c2ae70191da44c55916c4b823f55daf92024-04-02T22:55:25ZengUnião da Geomorfologia BrasileiraRevista Brasileira de Geomorfologia1519-15402236-56642016-03-0117110.20502/rbg.v17i1.556355A ZONA COSTEIRA DO NORTE DE PORTUGAL: UNIDADE E DIVERSIDADE. O CASO PARTICULAR DA REGIÃO DO PORTOMaria Assunção Araújo0Faculdade de Letras, Universidade do Porto<p>A linha de costa do Noroeste de Portugal apresenta uma notável homogeneidade quando observada num mapa de pequena escala. Tem uma orientação muito consistente, de rumo NNW-SSE desde a fronteira com a Galiza, na foz do rio Minho, ao longo de 97km até à latitude de Espinho, cerca de 14km a sul da cidade do Porto. Além de sua aparência retilínea, outra característica importante da zona costeira de Portugal é a existência da designada “plataforma litoral”, que se desenvolve como uma superfície aplanada, contígua à linha de costa e geralmente separada dos relevos interiores por um alinhamento abrupto. É possível considerar vários sectores bem diferenciados dentro deste trecho com cerca de 100km de extensão. A diferenciação relaciona-se com a extensão da plataforma litoral e com o seu desenvolvimento altimétrico. O estudo dos depósitos que cobrem a plataforma litoral, feito com mais detalhe na área que rodeia a foz do Rio Douro, onde esses depósitos são bastante representativos e bem expostos, permite corroborar a hipótese de movimentações tectónicas durante o final do Cenozóico. Deste modo, quer o desenvolvimento topográfico de conjunto, quer o estudo detalhado dos depósitos correlativos sugerem a existência de compartimentos com movimentação tectónica diferenciada, ao longo de falhas herdadas dos tempos tardi-hercínicos, que poderão ter continuado a atuar ao longo do Quaternário.</p>http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/556plataforma litoral, depósitos cenozóicos, erosão costeira.
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