Carcinoma epidermóide do pênis: considerações epidemiológicas, histopatológicas, influência viral e tratamento cirúrgico
O carcinoma epidermóide do pênis, embora raro em países desenvolvidos, está associado à alta morbidade decorrente da própria doença e/ou de seu tratamento. O perfil social, econômico e cultural dos pacientes com carcinoma peniano dificulta o diagnóstico precoce, o tratamento e o seguimento dos enfer...
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Instituto Nacional de Câncer (INCA)
2005-09-01
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author | Adriano Augusto Peclat de Paula Joaquim Caetano Almeida Netto Aparecido Divino da Cruz Ruffo de Freitas Júnior |
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description | O carcinoma epidermóide do pênis, embora raro em países desenvolvidos, está associado à alta morbidade decorrente da própria doença e/ou de seu tratamento. O perfil social, econômico e cultural dos pacientes com carcinoma peniano dificulta o diagnóstico precoce, o tratamento e o seguimento dos enfermos. Os diferentes sistemas de estadiamento e a falta de padronização de condutas clínicas contribuem para vieses na avaliação individual dos casos e resultam em dificuldades na abordagem terapêutica. Não existem estudos prospectivos, randomizados e com amostragem suficiente que permitam estabelecer a conduta mais adequada nos diversos estádios da enfermidade. Algumas dúvidas referentes ao manejo das regiões inguinais permanecem ainda sem resposta. Neste contexto, merecem maior atenção os pacientes com ausência de linfonodos inguinais suspeitos, porém com tumores profundos e de alto grau histológico, o que caracteriza risco intermediário de doença oculta. Vários pacientes são submetidos à linfadenectomia desnecessariamente, enquanto uma parcela dos casos com doença inguinal oculta é colocada em vigilância, retardando-se o tratamento. Avanços nas técnicas de imunohistoquímica e biologia molecular têm permitido identificar o papel de vírus epiteliotrópicos, como o papilomavírus humano (HPV), na etiologia e prognóstico do carcinoma peniano. Estudos multicêntricos deveriam ser realizados na tentativa de identificar as principais variáveis de prognóstico do carcinoma epidermóide peniano, possibilitando assim uma melhor abordagem clínica destes tumores. |
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spelling | doaj.art-c2b0c9a5b0504849bbb5b768d941ae942024-03-02T14:17:01ZengInstituto Nacional de Câncer (INCA)Revista Brasileira de Cancerologia0034-71162176-97452005-09-0151310.32635/2176-9745.RBC.2005v51n3.1952Carcinoma epidermóide do pênis: considerações epidemiológicas, histopatológicas, influência viral e tratamento cirúrgicoAdriano Augusto Peclat de Paula0Joaquim Caetano Almeida Netto1Aparecido Divino da Cruz2Ruffo de Freitas Júnior3Mestrando em Patologia Tropical, Serviço de Urologia Oncológica, Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), GOPh.D, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, GOPh.D, Departamento de Biologia, Núcleo de Pesquisas Replicon da Universidade Católica de Goiás, GOPh.D, Serviço de Ginecologia e Mama, Hospital Araújo Jorge da ACCG, GOO carcinoma epidermóide do pênis, embora raro em países desenvolvidos, está associado à alta morbidade decorrente da própria doença e/ou de seu tratamento. O perfil social, econômico e cultural dos pacientes com carcinoma peniano dificulta o diagnóstico precoce, o tratamento e o seguimento dos enfermos. Os diferentes sistemas de estadiamento e a falta de padronização de condutas clínicas contribuem para vieses na avaliação individual dos casos e resultam em dificuldades na abordagem terapêutica. Não existem estudos prospectivos, randomizados e com amostragem suficiente que permitam estabelecer a conduta mais adequada nos diversos estádios da enfermidade. Algumas dúvidas referentes ao manejo das regiões inguinais permanecem ainda sem resposta. Neste contexto, merecem maior atenção os pacientes com ausência de linfonodos inguinais suspeitos, porém com tumores profundos e de alto grau histológico, o que caracteriza risco intermediário de doença oculta. Vários pacientes são submetidos à linfadenectomia desnecessariamente, enquanto uma parcela dos casos com doença inguinal oculta é colocada em vigilância, retardando-se o tratamento. Avanços nas técnicas de imunohistoquímica e biologia molecular têm permitido identificar o papel de vírus epiteliotrópicos, como o papilomavírus humano (HPV), na etiologia e prognóstico do carcinoma peniano. Estudos multicêntricos deveriam ser realizados na tentativa de identificar as principais variáveis de prognóstico do carcinoma epidermóide peniano, possibilitando assim uma melhor abordagem clínica destes tumores.https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/1952Neoplasias penianasCarcinoma de células escamosasEtiologiaLinfadenectomiaEpidemiologiaMorbidade |
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