Summary: | Este artigo evidencia que o amor romântico é um sentimento único, tecido
com fios diversos, de gêneses diferentes. Por trás de um único ‗eu te amo‘ há uma
multiplicidade de componentes. Dentre eles destacam-se os mitológicos e
imaginários que de modo algum podem ser tomados como mera ilusão, mas, sim,
como uma profunda realidade humana. Tais componentes, moldados pelas culturas e
sociedades, pouco a pouco se enraízam em nossa corporeidade e em nosso ser
mental. Autores como Mary Del Priore e Jurandir Freire Costa ajudam a discorrer
sobre as ambiguidades que envolvem o discurso em torno do amor, que ora é narrado
como o sentimento que traz alegria e plenitude e ora como aquele responsável pelo
sofrimento e ansiedade. Contrapondo a produção literária e cinematográfica e o
mundo concreto, este artigo mostra que além das similaridades também há
discrepância entre o ―amor idealizado‖, fruto do mito, e as relações concretas entre
homens e mulheres.
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