Summary: | Introduction: In patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndromes (NSTE-ACS), an invasive strategy is recommended. However, the optimal timing to perform coronary angiography (CA) remains undetermined, and this issue has become particularly relevant since the 2020 European guidelines restricted pre-treatment (PT) with P2Y12 antagonists. Objective: To assess the prognostic value of an early (ES; <24 h) versus a delayed strategy (DS; >24 h) when no loading dose of a P2Y12 antagonist is given as PT in NSTE-ACS. Methods: A retrospective analysis was carried out of patients admitted with NSTE-ACS included in the Portuguese Registry of Acute Coronary Syndromes between 2015 and 2019. Patients undergoing PT were excluded. Patients were divided into two groups regarding the timing of CA (<24 h vs. >24 h). Independent predictors of a composite of all-cause mortality and rehospitalization for cardiovascular causes at one year were assessed by multivariate logistic regression. Results: A total of 619 patients were assessed, mean age 63±12 years, 77.5% male. On CA, 6.1% had normal coronary arteries, 49.6% single-vessel disease and 44.8% multivessel disease. Revascularization was performed in 88.6%. Pending CA, 66.0% were medicated with ticagrelor and 42.3% with clopidogrel. Adverse in-hospital outcomes were not significantly different between groups, except for more major bleeding in the DS group. The one-year composite endpoint of total mortality and cardiovascular rehospitalization occurred in 8.9%, with no difference between groups. Conclusion: In patients with NSTE-ACS in the absence of PT with a P2Y12 antagonist, an early invasive strategy was not associated with more in-hospital adverse outcomes or a reduction of total mortality and rehospitalization for cardiovascular causes at one year. Resumo: Introdução: Em doentes com síndromes coronárias agudas sem supradesnivelamento de ST (SCA-SST), está recomendada uma estratégia invasiva. Contudo, o melhor timing para realizar a coronariografia (CA) permanece indeterminado tornando-se este tópico particularmente relevante uma vez que as guidelines Europeias de 2020 restringiram o pré-tratamento (PT) com antagonistas P2Y12. Objetivo: Avaliar o valor prognóstico de uma estratégia precoce (EP; <24 h) versus diferida (ED; >24 h) quando não é administrada dose de carga de um antagonista P2Y12 como pré-tratamento em doentes com SCA-SST. Material e métodos: Análise retrospetiva de doentes admitidos com SCA-SST incluídos no Registo Português de Síndromes Coronárias Agudas entre 2015-19. Doentes submetidos a pré-tratamento foram excluídos. Os doentes foram divididos em dois grupos de acordo com o timing da CA (<24 h versus >24). Uma regressão logística multivariada foi realizada para avaliar os fatores preditores do endpoint composto mortalidade por todas as causas e re-hospitalização cardiovascular a um ano. Resultados: 619 doentes foram avaliados, idade média 63±12 anos, 77,5% género masculino. Na CA, 6,1% tinham coronárias normais, 49,6% doença de 1-vaso e 44,8% doença multivaso. A revascularização foi realizada em 88,6%. Durante a CA, 66,0% foram medicados com ticagrelor e 42,3% clopidogrel. Os outcomes adversos intra-hospitalares não foram significativamente diferentes entre os grupos, exceto mais hemorragia major no grupo de ED. O endpoint composto de mortalidade total e rehospitalização cardiovascular a 1-ano ocorreu em 8,9%, sem diferença entre os grupos. Conclusão: Em doentes com SCA-SST na ausência de pré-tratamento com um antagonista P2Y12, uma estratégia invasiva precoce não esteve associada a mais outcomes adversos intra-hospitalares ou a redução de mortalidade total e re-hospitalização cardiovascular a um ano.
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