Nasalância de populações falantes do português brasileiro de dois estados distintos

RESUMO Objetivo Obter valores de nasalância de jovens adultos, falantes do português brasileiro dos estados de São Paulo e Minas Gerais, para investigar a existência de fatores influenciadores, como variação dialetal e gênero. Método Foi avaliada a nasalidade de 36 indivíduos, 20 oriundos do Estad...

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Bibliographic Details
Main Authors: Denise Silva Maturo, Melissa Nara de Carvalho Picinato Pirola, Lílian Neto Aguiar Ricz, Luciana Vitaliano Voi Trawitzki
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 2017-03-01
Series:CoDAS
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822017000200303&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO Objetivo Obter valores de nasalância de jovens adultos, falantes do português brasileiro dos estados de São Paulo e Minas Gerais, para investigar a existência de fatores influenciadores, como variação dialetal e gênero. Método Foi avaliada a nasalidade de 36 indivíduos, 20 oriundos do Estado de São Paulo (idade média: 23 anos) e 16 de Minas Gerais (idade média: 24 anos), de ambos os gêneros, pelo Nasômetro II modelo 6400 (KayPENTAX®) durante a leitura de três textos (nasal1, nasal2 e oral). A comparação dos valores de nasalância entre os grupos foi feita pelo teste t de Student não pareado, considerando dois grupos experimentais. Resultados Os valores de nasalância encontrados nas populações paulista e mineira foram, respectivamente, 52,7% e 48,8% para o texto nasal1; 49,6% e 49,9% para o texto nasal2 e 14,3% e 9,8% para o texto oral. Na análise comparativa da média dos valores, verificou-se diferença no texto oral (p=0,03), sendo a nasalância dos paulistas maior que a dos mineiros, já o fator gênero não apresentou diferença significativa. Conclusão Ambas as populações apresentaram valores de nasalância dentro dos padrões de normalidade, porém a nasalância dos mineiros foi menor que a dos paulistas. O fator gênero não mostrou influência sobre esses valores, ainda que, no texto nasal2, as mulheres mineiras mostraram uma tendência de maior valor de nasalância que os homens mineiros. Nosso estudo contribui para o conhecimento dos valores de referência para populações distintas, falantes do português brasileiro, contudo, deve ser interpretado com ponderação, visto o número reduzido da amostra.
ISSN:2317-1782