Espeleologia, Simulação e Gosma Sobre Ser Afetado pela Ficção / Spelunking, simulation, and slime: On being moved by fiction
Obras de ficção induzem nos apreciadores ideias sobre as pessoas, as situações e os eventos; vamos dizer que elas induzem os apreciadores a imaginá-las. As pessoas, situações e eventos são frequentemente tais que não existem ou ocorrem efetivamente, mas nós podemos (como fazemos) falar deles como co...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
2014-05-01
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Series: | Revista Contracampo |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.uff.br/contracampo/article/view/17516 |
Summary: | Obras de ficção induzem nos apreciadores ideias sobre as pessoas, as situações e os eventos; vamos dizer que elas induzem os apreciadores a imaginá-las. As pessoas, situações e eventos são frequentemente tais que não existem ou ocorrem efetivamente, mas nós podemos (como fazemos) falar deles como constituindo um ―mundo ficcional‖; o mundo do romance, história ou filme.
Até aqui não há controvérsia. Mas é importante perceber quão pouco isso explica, quanto resta a ser explicado. Por que deveríamos nos interessar por esses inexistentes? Por que deveríamos nos ocupar em pensar ou imaginá-los? Ainda não diferenciamos romances e outras ficções de uma mera lista de frases — frases utilizadas numa aula de gramática, por exemplo. Quando lemos e compreendemos essas frases, elas nos induzem a considerar os pensamentos que expressam. Mas isso é tudo. Mundos ficcionais parecem até aqui serem mundos apartados, mundos que nada têm a ver conosco, os quais nós apenas examinamos a distância. |
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ISSN: | 1414-7483 2238-2577 |