Desenvolvimento urbano e saúde pública: impactos da construção da UHE de Belo Monte

O Brasil dispõe do maior potencial hídrico do mundo e suas principais bacias hidrográficas se encontram na região amazônica. Por isso, grandes projetos hidrelétricos estão sendo planejados e construídos no Norte do país. Entretanto, na fase de implantação de uma usina, trabalhadores são atraídos par...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Douglas Pereira de Souza, Wanhinna Regina Soares da Silva, Gilberto Carlos Cervinski, Bruno Dias dos Santos, Francisco de Assis Comarú, Federico Bernardino Morante Trigoso
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Paraná 2018-08-01
Series:Desenvolvimento e Meio Ambiente
Subjects:
Online Access:https://revistas.ufpr.br/made/article/view/56040
Description
Summary:O Brasil dispõe do maior potencial hídrico do mundo e suas principais bacias hidrográficas se encontram na região amazônica. Por isso, grandes projetos hidrelétricos estão sendo planejados e construídos no Norte do país. Entretanto, na fase de implantação de uma usina, trabalhadores são atraídos para o local da obra em busca de emprego, o que modifica a dinâmica populacional das áreas de influência do empreendimento. Nesse contexto, este artigo busca discutir os impactos no crescimento urbano da cidade de Altamira (PA) com a construção da UHE de Belo Monte, visando compreender sua interferência na saúde pública. Do ponto de vista da abordagem metodológica, foram utilizadas neste artigo a revisão bibliográfica e a pesquisa documental. Verificou-se que no início das obras em Altamira ocorreram modificações estruturais, do ponto de vista social, econômico e ambiental. As mudanças são percebidas pelo aumento populacional, que eleva a demanda nos serviços públicos, e pelo subdimensionamento dos dados censitários, que impacta diretamente a saúde pública, pois a elaboração de políticas públicas de atenção e financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é regida pelo censo demográfico. Apesar de o município apresentar um aumento de 72,2% da cobertura da atenção básica em 2017, somente com a realização de um novo censo será possível traçar um diagnóstico mais preciso sobre todas as transformações ocorridas no território de Altamira, principalmente as referentes à saúde pública.
ISSN:1518-952X
2176-9109