AVALIAÇÃO DE ESTRUTURAÇÃO DE SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO COM INDICADORES ESTRATIFICADOS E INDIVIDUALIZADOS

Introdução/Objetivo: A vigilância epidemiológica das Infecções representa uma das principais atividades exercidas pelo Serviço de Controle de Infecção (SCIH), e um dos aspectos desta atividade é a definição e elaboração de indicadores de resultado. Quando apresentados de forma global, nem sempre é p...

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Bibliographic Details
Main Authors: Jara Libia Costa Louredo, Valéria Egêa Bastos Gomes, Leonardo Barbosa Rodrigues, Luciana Rodrigues da Silva, Raquel Keiko de Luca Ito, Odeli Nicole Encinas Sejas, Camila da Silva Bichalho, Fabiana Silva Vasques, Edson Abdala
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Brazilian Journal of Infectious Diseases
Subjects:
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023005950
Description
Summary:Introdução/Objetivo: A vigilância epidemiológica das Infecções representa uma das principais atividades exercidas pelo Serviço de Controle de Infecção (SCIH), e um dos aspectos desta atividade é a definição e elaboração de indicadores de resultado. Quando apresentados de forma global, nem sempre é possível compreender as especificidades, bem como planejar medidas de prevenção e controle. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da reestruturação do sistema de vigilância das Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC), estratificando os indicadores de resultado por especialidade cirúrgica e por cirurgião. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, com avaliação dos dados de ISC obtidos do banco eletrônico do SCIH do Hospital. Até setembro de 2022, os indicadores de resultado consistiam em: taxa de ISC global, taxa de ISC em cirurgias limpas e proporção de ISC por especialidades. Em outubro de 2022, foi reestruturada a vigilância, com cálculo de taxas de ISC em cirurgias limpas por especialidade e por cirurgião, ambos realizados retroativamente desde janeiro de 2022, e consequente programação de intervenção. Para o cálculo das taxas, dividiu-se o número de ISC de determinada especialidade ou cirurgião (numerador) pelo número total de cirurgias daquela especialidade ou cirurgião (denominador), respectivamente; a razão foi multiplicada por 100, sendo expressa sob a forma percentual. Definiu-se iniciar o processo, incluindo intervenção, com a especialidade com maior taxa. Resultados: Foram diagnosticados 70 casos de ISC em 19.258 cirurgias realizadas em 2022, com taxa global de 0,36%, sendo 40 ISC em cirurgias limpas, com taxa de 0,48%. Nas taxas por especialidade, detectou-se taxa de 0,99% na neurocirurgia (NC) e de 0,54% na ortopedia. Optou-se, portanto, por iniciar a avaliação individualizada pela NC. Na taxa estratificada por cirurgião da NC, obteve-se a incidência distribuída por 5 cirurgiões: cirurgião 1 (4,55%), cirurgião 2 (3,39%), cirurgião 3 (9,09%), cirurgião 4 (3,03%) e cirurgião 5 (11,76%). As ações de intervenção foram planejadas e priorizadas para as equipes conforme volume cirúrgico e taxa detectada. Conclusão: O detalhamento do indicador permitiu identificar os potenciais fatores de risco, de acordo com perfil dos procedimentos cirúrgicos (especialidade e equipes), em cada período de vigilância. Este acompanhamento individualizado tem o potencial de otimizar medidas de prevenção e controle, a fim de proporcionar maior segurança ao paciente.
ISSN:1413-8670