As várias faces do cuidado na cruzada antipedofilia
Este artigo discute o cuidado das crianças a partir do extremo do não cuidado: a violência. Apostando no valor heurístico da sua polissemia bem como na eficácia política do seu polimorfismo, a noção de cuidado é entendida como eixo simbólico a partir do qual se estrutura e legitima a gestão tutelar...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de Brasília
2018-01-01
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Series: | Anuário Antropológico |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6482 |
Summary: | Este artigo discute o cuidado das crianças a partir do extremo do não cuidado: a violência. Apostando no valor heurístico da sua polissemia bem como na eficácia política do seu polimorfismo, a noção de cuidado é entendida como eixo simbólico a partir do qual se estrutura e legitima a gestão tutelar de menoridades ”” isto é, a necessidade de controlar e proteger aqueles que supostamente não têm capacidade de cuidar de si. Baseada em uma etnografia da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia no Senado Federal brasileiro e de investigações policiais contra a pornografia infantil, a análise ilumina como construções culturalmente naturalizadas sobre o cuidado têm produzido o apagamento de algumas formas de violência e a reconfiguração de outras.
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ISSN: | 0102-4302 2357-738X |