Adiponectinemia e indicadores fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticos
Introdução: Considerada um problema de saúde pública, a obesidade tem sido referida como fator de risco para o desenvolvimento da asma. Assim, o excesso de peso apresenta influencia sobre a função da musculatura lisa e induz a inflamação sistêmica das vias aéreas por intermédio das adipocitocinas. E...
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo
2013-12-01
|
Series: | Medicina |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/73519 |
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author | Fabrício Cieslak Nelson Augusto Rosário Filho Ana Claudia Kapp Titski Luciana da Silva Timossi Rodrigo Dias Antonio Ramos Calixto Bruno Geloneze Neiva Leite |
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description | Introdução: Considerada um problema de saúde pública, a obesidade tem sido referida como fator de risco para o desenvolvimento da asma. Assim, o excesso de peso apresenta influencia sobre a função da musculatura lisa e induz a inflamação sistêmica das vias aéreas por intermédio das adipocitocinas. Embora a adiponectina seja considerada uma citocina de caráter anti-inflamatório, uma vez que, suas concentrações decrescem na obesidade. A literatura tem demonstrado mínimas evidências do comportamento dessa adipocitocina perante os fatores envolvidos na relação de obesidade e asma. Desse modo, o presente estudo visou analisar o comportamento das respostas de adiponectinemia e parâmetros fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticos. Métodos: Participaram 15 adolescentes obesos (seis asmáticos e nove não-asmáticos), submetidos a avaliação antropométrica, cardiorrespiratória, espirométrica e laboratorial. O diagnóstico de asma foi através de histórico clínico e questionário ISAAC, e a obesidade pelo IMC acima do percentil 95th. Utilizou-se o teste de broncoprovocação com exercício físico para avaliação do broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Resultados: Verificou-se diferença do % Queda VEF1 (p=0,034) entre os obesos asmáticos e não-asmáticos. Para o obesos asmáticos, o coeficiente de determinação (R2) demonstrou efeito da adiponectina com a PAS(r=-0,512;R2=0,105); HDL (r=+0,659;R2=0,292), glicemia (r=-0,599;R2=0,199), glicemia120 (r=->0,686;R2=0,338), insulina120 (r=-0,614;R2=0,221), VO2máx Absoluto (r=+0,518;R2=0,086), VO2máx Relativo MLG (r=+0,585;R2=0,178) e %VEF1 (r=+0,580;R2=0,171). Nos obesos não-asmáticos houve efeitos da adiponectina com a insulina (r=-0,731;R2=0,525), HOMA-IR (r=-0,684;R2=0,469), QUICKI(r=+0,683;R2=0,535) e VO2máx Relativo MLG (r=+0,654;R2=0,346). Conclusão: Verificaram-se prováveis efeitos das respostas de adiponectinemia com os parâmetros fisiológicos associados ao excesso de peso e o baixo nível de aptidão cardiorrespiratória em obesos asmáticos e não-asmáticos. Além disso, para os obesos asmáticos a adiponectinemia demonstrou um possível efeito de relação com o %VEF1. |
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spelling | doaj.art-c55faf5992f748909b13f1ca6c5784862022-12-21T19:17:35ZporUniversidade de São PauloMedicina0076-60462176-72622013-12-0146410.11606/issn.2176-7262.v46i4p404-415Adiponectinemia e indicadores fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticosFabrício Cieslak0Nelson Augusto Rosário Filho1Ana Claudia Kapp Titski2Luciana da Silva Timossi3Rodrigo Dias4Antonio Ramos Calixto5Bruno Geloneze6Neiva Leite7Universidade Federal do Vale do São FranciscoUniversidade Federal do ParanáUniversidade Federal do ParanáUniversidade Federal do ParanáUniversidade Metodista de PiracicabaUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp)Universidade Estadual de CampinasUniversidade Federal do ParanáIntrodução: Considerada um problema de saúde pública, a obesidade tem sido referida como fator de risco para o desenvolvimento da asma. Assim, o excesso de peso apresenta influencia sobre a função da musculatura lisa e induz a inflamação sistêmica das vias aéreas por intermédio das adipocitocinas. Embora a adiponectina seja considerada uma citocina de caráter anti-inflamatório, uma vez que, suas concentrações decrescem na obesidade. A literatura tem demonstrado mínimas evidências do comportamento dessa adipocitocina perante os fatores envolvidos na relação de obesidade e asma. Desse modo, o presente estudo visou analisar o comportamento das respostas de adiponectinemia e parâmetros fisiológicos em adolescentes obesos asmáticos e não-asmáticos. Métodos: Participaram 15 adolescentes obesos (seis asmáticos e nove não-asmáticos), submetidos a avaliação antropométrica, cardiorrespiratória, espirométrica e laboratorial. O diagnóstico de asma foi através de histórico clínico e questionário ISAAC, e a obesidade pelo IMC acima do percentil 95th. Utilizou-se o teste de broncoprovocação com exercício físico para avaliação do broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Resultados: Verificou-se diferença do % Queda VEF1 (p=0,034) entre os obesos asmáticos e não-asmáticos. Para o obesos asmáticos, o coeficiente de determinação (R2) demonstrou efeito da adiponectina com a PAS(r=-0,512;R2=0,105); HDL (r=+0,659;R2=0,292), glicemia (r=-0,599;R2=0,199), glicemia120 (r=->0,686;R2=0,338), insulina120 (r=-0,614;R2=0,221), VO2máx Absoluto (r=+0,518;R2=0,086), VO2máx Relativo MLG (r=+0,585;R2=0,178) e %VEF1 (r=+0,580;R2=0,171). Nos obesos não-asmáticos houve efeitos da adiponectina com a insulina (r=-0,731;R2=0,525), HOMA-IR (r=-0,684;R2=0,469), QUICKI(r=+0,683;R2=0,535) e VO2máx Relativo MLG (r=+0,654;R2=0,346). Conclusão: Verificaram-se prováveis efeitos das respostas de adiponectinemia com os parâmetros fisiológicos associados ao excesso de peso e o baixo nível de aptidão cardiorrespiratória em obesos asmáticos e não-asmáticos. Além disso, para os obesos asmáticos a adiponectinemia demonstrou um possível efeito de relação com o %VEF1.http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/73519AdiponectinaAsmaObesidade. |
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