Triagem neonatal: o panorama atual no estado do Amapá

A triagem neonatal conhecida como teste do pezinho é um conjunto de exames que tem como finalidade detectar patologias em recém-nascidos e que deve ser realizado preferencialmente entre o 3º e o 7º mês de vida do neonato. O teste detecta seis anomalias congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo con...

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Bibliographic Details
Main Authors: Grace Suzan Lopes Lacerda, Flávia Silva Costa, Deyse de Souza Dantas, Érika Rodrigues Guimarães Costa, Rafael Lima Resque, Alessandra Azevedo do Nascimento, Clóvis Luciano Giacomet, Madson Ralide Fonseca Gomes
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) 2017-05-01
Series:Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia
Subjects:
Online Access:https://visaemdebate-v2.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/view/903
Description
Summary:A triagem neonatal conhecida como teste do pezinho é um conjunto de exames que tem como finalidade detectar patologias em recém-nascidos e que deve ser realizado preferencialmente entre o 3º e o 7º mês de vida do neonato. O teste detecta seis anomalias congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Para o Ministério da Saúde, em 2007, a menor cobertura populacional de teste do pezinho no Brasil ocorreu no Amapá. Através de uma metodologia qualitativa, foram coletados dados institucionais no laboratório de referência do estado, Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap), usando também como instrumento de pesquisa um questionário dirigido às mães e/ou responsáveis dos neonatos no momento de realização do exame. Dos resultados obtidos somente cinco municípios dos 16 realizam a coleta do teste do pezinho, dando uma cobertura de 31,2%. Quanto aos questionários, mostrou-se majoritário o número de indivíduos que não têm conhecimentos sobre a importância do exame. Em contrapartida, 100,0% dos entrevistados responderam que tinham interesse em retornar para buscar o resultado do exame, contudo o estudo levantou dados negligenciados dos anos de 2013 a 2015, demonstrando ser grande o desinteresse das mães e/ou responsáveis que levam o neonato para realizar o teste. Tais dados mostram que o Programa Nacional de Triagem Neonatal no Amapá está longe de obter uma cobertura completa e que os bancos de dados são escassos quanto a informações sobre o estado.
ISSN:2317-269X