Cantina Escolar: Qualidade Nutricional e Adequação à Legislação Vigente

Introdução: A obesidade infantil é atualmente uma epidemia mundial. Os lanches escolares hipercalóricos e ricos em açúcares e sal contribuem para a formação desse quadro. Sabendo-se disso, foi criada uma legislação estadual que regulamenta as cantinas escolares e os alimentos por essas ofertadas....

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Bibliographic Details
Main Authors: Fernanda Franz Willhelm, Eliziane Ruiz, Ana Beatriz Almeida de Oliveira
Format: Article
Language:English
Published: Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 2010-10-01
Series:Clinical and Biomedical Research
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/15375
Description
Summary:Introdução: A obesidade infantil é atualmente uma epidemia mundial. Os lanches escolares hipercalóricos e ricos em açúcares e sal contribuem para a formação desse quadro. Sabendo-se disso, foi criada uma legislação estadual que regulamenta as cantinas escolares e os alimentos por essas ofertadas. Objetivo: Esta pesquisa objetivou verificar o cumprimento da Lei Estadual N° 13.027 em 26 cantinas da rede pública estadual do município de Porto Alegre. Métodos: Foram avaliadas as qualidades nutricionais dos alimentos ofertados, além das condições higiênico-sanitárias das cantinas visitadas. Foi aplicado um questionário aos responsáveis desses estabelecimentos com questões fechadas e abertas sobre conhecimento da lei em questão e tipos de alimentos ofertados. Resultados: Do total de cantinas visitadas, 80,8% não possuíam supervisão ou orientação de nutricionista. Os alimentos ofertados eram inadequados nutricionalmente, predominando as guloseimas/chocolates, refrigerante e bolacha recheada. Mesmo com 96,2% dos responsáveis conhecendo a legislação, esta não era seguida, pois 96,2% não tinham oferta mais evidente de alimentos saudáveis e também não possuíam painéis sobre nutrição; 69,2% não incentivavam o consumo desses alimentos e 61,5% não possuíam alvará sanitário. As medidas básicas de higiene não eram realizadas, sendo os maiores problemas a falta de uniforme (69,2%) e o uso de adornos (63,1%). Conclusão: Os cantineiros devem ser capacitados não somente sobre medidas de higiene, mas também em formas de promover lanches mais nutritivos para as crianças assim como o tema da alimentação saudável deve ser trabalhado melhor no projeto pedagógico da escola.  
ISSN:2357-9730