O Living Theatre em Ouro Preto e a invenção do Ato público.
A viagem ao Brasil do Living Theatre em 1970 e 71, na fase mais brutal do regime militar, proporciona ao grupo, através da experiência extrema de uma realidade de opressão e miséria, novos caminhos seja estéticos como existenciais para a sua utopia revolucionária não violenta. A ideia de “saturar” u...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | deu |
Published: |
Universidade Federal de Ouro Preto
2017-04-01
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Series: | Artefilosofia |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.periodicos.ufop.br/raf/article/view/581 |
Summary: | A viagem ao Brasil do Living Theatre em 1970 e 71, na fase mais brutal do regime militar, proporciona ao grupo, através da experiência extrema de uma realidade de opressão e miséria, novos caminhos seja estéticos como existenciais para a sua utopia revolucionária não violenta. A ideia de “saturar” uma cidade de teatro, resgatando a memória dos muros e resignificando cada bairro, cada praça, cada monumento mobiliza um campanha teatral participativa que, pensada para as ruas de Ouro Preto, é impedida pela prisão decretada para a maioria dos integrantes do grupo. Mesmo assim, a opção pela rua, alias pelo Teatro de Rua como ritual de cura e libertação das energias, define todo o futuro do grupo no percurso da performance urbana como Ato Público, isto é, dispositivo revelador das estruturas sociais e capaz de transforma-las. Esta opção inspira uma mudança radical no trabalho do Living, influenciando em seguida comunidades teatrais no mundo inteiro. |
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ISSN: | 1809-8274 2526-7892 |