Summary: | Este artigo se propõe a apresentar algumas reflexões acerca da educação popular e da pedagogia social, e no bojo destas, será problematizado o caso de Porto Alegre. O método utilizado se baseia em estudos teóricos e inserção direta em contextos de educação popular, com sínteses e discussões grupais. Como resultado, enfatiza-se que há convergências, mas também desencontros entre ambas as terminologias e, soma-se a elas, ainda outras, parecidas. A educação popular surge muito fortemente vinculada a movimentos sociais populares e carrega consigo o compromisso pela transformação social. A pedagogia social, por sua vez, nasce no contexto pós - segunda guerra mundial numa situação de vulnerabilidade, propondo-se a assistência e amenização de sofrimentos. Neste aspecto há diálogos possíveis, entretanto, a educação popular possui um caráter marcadamente de classes, com opção pelos (as) empobrecidos (as), que de acordo com Freire, aprendem também a ler o mundo. O desencontro ocorre, quando se confundem os termos – educação popular e pedagogia social – como se fossem a mesma coisa, ou se um pudesse substituir o outro. Por fim, como conclusão, pontua-se que a educação popular não exclui a pedagogia social e vice versa, sendo que as duas possuem sentido nos fazeres pedagógicos.
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