O relato (ético) de um tradutor de Maurice Blanchot

Neste artigo, com base em minha experiência de tradutor do escritor francês Maurice Blanchot, proponho algumas reflexões sobre a tradução enquanto ato ético, entendendo por ato ético o respeito pela diferença da língua do outro estrangeiro, o que significa não aclimatá-la à língua do tradutor, mas s...

Descripció completa

Dades bibliogràfiques
Autor principal: Davi Andrade Pimentel
Format: Article
Idioma:Portuguese
Publicat: Universidade Estadual de Campinas 2021-12-01
Col·lecció:Remate de Males
Matèries:
Accés en línia:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8665578
Descripció
Sumari:Neste artigo, com base em minha experiência de tradutor do escritor francês Maurice Blanchot, proponho algumas reflexões sobre a tradução enquanto ato ético, entendendo por ato ético o respeito pela diferença da língua do outro estrangeiro, o que significa não aclimatá-la à língua do tradutor, mas sim deixá-la abrir novos espaços sintáticos e semânticos em minha própria língua. Nesse percurso, além da análise da tradução de fragmentos escolhidos da narrativa L’attente l’oubli, de Blanchot, pretendo dialogar com três ideias essenciais, a meu ver, ao ato tradutório: a primeira, a ideia de Jacques Lacan sobre a letra como materialidade do significante; a segunda, a ideia de Antoine Berman sobre a ética na tradução; e, a terceira, a ideia do próprio Blanchot sobre a tradução enquanto diferença.
ISSN:2316-5758