A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA:
Hegel concebe as grandes correntes helenistas do estoicismo, do epicurismo e do ceticismo como parte do processo de autoconsciência humana. Habermas considera como o momento no qual a teoria era tida como essencialmente prática. Nas Lições de História da Filosofia, Hegel afirma que estas filosofias...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Editora Uece
2021-07-01
|
Series: | Polymatheia |
Subjects: | |
Online Access: | https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/5749 |
_version_ | 1797201417010675712 |
---|---|
author | Adalberto Ximenes Leitão Filho |
author_facet | Adalberto Ximenes Leitão Filho |
author_sort | Adalberto Ximenes Leitão Filho |
collection | DOAJ |
description |
Hegel concebe as grandes correntes helenistas do estoicismo, do epicurismo e do ceticismo como parte do processo de autoconsciência humana. Habermas considera como o momento no qual a teoria era tida como essencialmente prática. Nas Lições de História da Filosofia, Hegel afirma que estas filosofias simbolizam o momento no qual o pensar filosófico tenta compreender a Ideia não no Todo, mas no particular. Assim, a filosofia se confronta com dois problemas fundamentais: o do critério de verdade e da busca do ideal do sábio. Já na Fenomenologia do Espírito, o estoicismo e o ceticismo são interpretados como parte do processo da autoconsciência, ou consciência-de-si do Espírito. Habermas, por sua vez, afirma que para os filósofos antigos a teoria prometia um processo de formação que era o caminho tanto do conhecimento quanto da salvação. O sábio helenista retratava de forma privilegiada este caminho. Com o cristianismo o caminho da salvação da alma perdeu o caráter elitista e a filosofia se retira cada vez mais para tarefas cognitivas. Após a consolidação da racionalidade científica e da
“reviravolta linguística”, podemos nos perguntar, com Habermas, se a filosofia ainda teria hoje um objeto de estudo próprio e espaço entre as ciências e os saberes. Afinal, no mundo científico e pós-metafísico ainda há lugar para uma “filosofia de vida” com pretensões racionais? Ou vivenciamos o anunciado “fim da filosofia”, fim de um tipo de filosofar?
|
first_indexed | 2024-04-24T07:47:12Z |
format | Article |
id | doaj.art-c8b02e2fff5d451fb58259e5da85edad |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1984-9575 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-24T07:47:12Z |
publishDate | 2021-07-01 |
publisher | Editora Uece |
record_format | Article |
series | Polymatheia |
spelling | doaj.art-c8b02e2fff5d451fb58259e5da85edad2024-04-18T19:47:01ZengEditora UecePolymatheia1984-95752021-07-011221A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA:Adalberto Ximenes Leitão Filho Hegel concebe as grandes correntes helenistas do estoicismo, do epicurismo e do ceticismo como parte do processo de autoconsciência humana. Habermas considera como o momento no qual a teoria era tida como essencialmente prática. Nas Lições de História da Filosofia, Hegel afirma que estas filosofias simbolizam o momento no qual o pensar filosófico tenta compreender a Ideia não no Todo, mas no particular. Assim, a filosofia se confronta com dois problemas fundamentais: o do critério de verdade e da busca do ideal do sábio. Já na Fenomenologia do Espírito, o estoicismo e o ceticismo são interpretados como parte do processo da autoconsciência, ou consciência-de-si do Espírito. Habermas, por sua vez, afirma que para os filósofos antigos a teoria prometia um processo de formação que era o caminho tanto do conhecimento quanto da salvação. O sábio helenista retratava de forma privilegiada este caminho. Com o cristianismo o caminho da salvação da alma perdeu o caráter elitista e a filosofia se retira cada vez mais para tarefas cognitivas. Após a consolidação da racionalidade científica e da “reviravolta linguística”, podemos nos perguntar, com Habermas, se a filosofia ainda teria hoje um objeto de estudo próprio e espaço entre as ciências e os saberes. Afinal, no mundo científico e pós-metafísico ainda há lugar para uma “filosofia de vida” com pretensões racionais? Ou vivenciamos o anunciado “fim da filosofia”, fim de um tipo de filosofar? https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/5749HegelHabermasHelenismoTeoriaSabedoria |
spellingShingle | Adalberto Ximenes Leitão Filho A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA: Polymatheia Hegel Habermas Helenismo Teoria Sabedoria |
title | A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA: |
title_full | A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA: |
title_fullStr | A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA: |
title_full_unstemmed | A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA: |
title_short | A CRÍTICA DE HEGEL E DE HABERMAS AO HELENISMO ENQUANTO PERSPECTIVA FILOSÓFICA: |
title_sort | critica de hegel e de habermas ao helenismo enquanto perspectiva filosofica |
topic | Hegel Habermas Helenismo Teoria Sabedoria |
url | https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/5749 |
work_keys_str_mv | AT adalbertoximenesleitaofilho acriticadehegeledehabermasaohelenismoenquantoperspectivafilosofica AT adalbertoximenesleitaofilho criticadehegeledehabermasaohelenismoenquantoperspectivafilosofica |