A cooptação neocolonial da agência por meio da patologização da pobreza, da diversidade e da desigualdade nos EUA e como enfrentá-la com uma educação ativista transformadora

Este trabalho aborda a relação entre a patologização dos(as) estudantes oriundos(as) da classe trabalhadora, de imigrantes e de minorias étnico-raciais nos Estados Unidos e a cooptação da agência dessa população historicamente explorada e submetida a opressões sociais e educacionais. Para isso, util...

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Bibliographic Details
Main Authors: Soraya Franzoni Conde, Eduardo Vianna, Araminta Pole
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Triângulo Mineiro 2021-06-01
Series:Cadernos CIMEAC
Subjects:
Online Access:https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/cimeac/article/view/5247
Description
Summary:Este trabalho aborda a relação entre a patologização dos(as) estudantes oriundos(as) da classe trabalhadora, de imigrantes e de minorias étnico-raciais nos Estados Unidos e a cooptação da agência dessa população historicamente explorada e submetida a opressões sociais e educacionais. Para isso, utilizamos a concepção de agência desde o Posicionamento Ativista Transformador (Transformative Activist Stance – TAS), desenvolvido por Stetsenko (2017), a filosofia da práxis em Marx (1989), a teoria histórico-cultural de Vygotsky (2002) e a perspectiva anticolonialista de Freire (2019) e Quijano (2019). Primeiramente, apresentamos as condições de vida e de trabalho de estudantes vulneráveis e latinos(as) em Nova York e nos Estados Unidos, depois tratamos um conjunto de discussões teóricas oriundas de pesquisas sobre o contexto da patologização da pobreza, do déficit, da diferença e da desigualdade social. Em seguida, apresentamos as histórias de vida e de escolarização de estudantes do Community College da City University of New York (CUNY) diagnosticados(as) como deficientes de aprendizagem e a sua luta dentro do sistema educacional americano. O processo de patologização daqueles(as) que não se enquadram no padrão branco e supremacista norte-americano culmina numa nova forma de colonialismo (o Sul dentro do Norte Global), resultante na cooptação da agência crítica e transformadora daqueles(as) que, a priori, poderiam ser o motor da transformação do sistema escolar que os(as) oprime.
ISSN:2178-9770