Biossíntese de lignina em plantas submetidas ao déficit hídrico

Em seus ecossistemas, as plantas são submetidas a diversos potenciais inimigos, tanto os bióticos como os abióticos. No entanto, os vegetais por meio de mutações, seleção natural e mudanças evolutivas desenvolveram mecanismos de defesa não só estruturais como também ao nível metabólico, o que propor...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Janieire Dorlamis Cordeiro Bezerra, Sánara Adrielle França, José Ribamar Silva do Nascimento Júnior, Francisco Martins de Castro, Natália Viana da Silva, Steyce Neves Barbosa
Format: Article
Language:English
Published: Editora MV Valero 2020-09-01
Series:Pubvet
Subjects:
Online Access:http://www.pubvet.com.br/artigo/7143/biossiacutentese-de-lignina-em-plantas-submetidas-ao-deacuteficit-hiacutedrico
Description
Summary:Em seus ecossistemas, as plantas são submetidas a diversos potenciais inimigos, tanto os bióticos como os abióticos. No entanto, os vegetais por meio de mutações, seleção natural e mudanças evolutivas desenvolveram mecanismos de defesa não só estruturais como também ao nível metabólico, o que proporcionou o surgimento de compostos tóxicos, retardantes e mais isolantes, os quais foram transferidos para os seus descendentes. Esses compostos são classificados como metabólitos secundários, os quais são subdivididos em três grupos: terpenos, compostos fenólicos e compostos nitrogenados. O grupo dos compostos fenólicos é o mais heterogêneo, dentre os compostos desse grupo a lignina é a substancia mais abundante no vegetal, perdendo apenas para a celulose. Esta macromolécula fenólica possui uma constituição complexa com ramificações em três dimensões, mas de forma geral é formada pelos álcoois coniferil, cumaril e sinapil. A lignina proporciona maior rigidez estrutural, durabilidade dos tecidos, transporte de água nos vasos do xilema e funciona como uma barreia a ação patogênica, contudo, pouco se sabe sobre essa dinâmica. Acredita-se que controles genéticos e fisiológicos complexos atuem modulando a expressão de genes de lignina e que suas respostas ao déficit hídrico variam em função da espécie e da intensidade e duração do estresse, no qual as respostas das enzimas poderiam ser expressas isoladamente ou em conjunto, com a mesma cinética ou não. A elucidação da biossíntese da lignina contribuirá para os programas de melhoramento, para a formulação de modelos matemáticos e para um melhor manejo de pastagens.
ISSN:1982-1263