O litoral da macrometrópole: tão longe de Deus e tão perto do Diabo
O maniqueísmo do título deste artigo antecipa o interesse em aqui analisar as particularidades da polarização da zona costeira em uma escala espacial mais abrangente. Tal análise é feita sob a ótica do ordenamento territorial, da abordagem ecossistêmica e da governança ambiental, e considera os flux...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal do Paraná
2020-08-01
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Series: | Desenvolvimento e Meio Ambiente |
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author | Leandra R. Goncalves Luciana Y. Xavier Alexander Turra Pedro Henrique Torres Silvana Zioni Pedro R. Jacobi |
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publisher | Universidade Federal do Paraná |
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series | Desenvolvimento e Meio Ambiente |
spelling | doaj.art-ca099d83fbbb432281485a85c0e45f462022-12-21T18:10:04ZengUniversidade Federal do ParanáDesenvolvimento e Meio Ambiente1518-952X2176-91092020-08-0154010.5380/dma.v54i0.6927533899O litoral da macrometrópole: tão longe de Deus e tão perto do DiaboLeandra R. Goncalves0Luciana Y. Xavier1Alexander Turra2Pedro Henrique Torres3Silvana Zioni4Pedro R. Jacobi5Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP)Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP)Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP)Instituto de Energia e Meio Ambiente, Universidade de São Paulo (USP)Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, Universidade Federal do ABC (UFABC)Instituto de Energia e Meio Ambiente, Universidade de São Paulo (USP)O maniqueísmo do título deste artigo antecipa o interesse em aqui analisar as particularidades da polarização da zona costeira em uma escala espacial mais abrangente. Tal análise é feita sob a ótica do ordenamento territorial, da abordagem ecossistêmica e da governança ambiental, e considera os fluxos e dinâmicas incidentes sobre a zona costeira em um contexto de desenvolvimento sustentável. Por meio do estudo de caso da Macrometrópole Paulista (MMP), seu Plano de Ação 2013-2040, e as ações propostas para seu litoral, reconhece-se que, tão perto da metrópole expandida, o litoral macrometropolitano segue longe de um caminho sustentável e socialmente justo. Argumenta-se que o planejamento espacial e a governança deste território demandam uma ampla revisão dos paradigmas que amparam os instrumentos setoriais e multissetoriais de gestão. Novos paradigmas devem considerar diferentes escalas espaciais, como a zona costeira, a zona econômica exclusiva e regiões metropolitanas adjacentes. Nesse sentido, faz-se necessário que o planejamento da MMP considere novos arranjos de governança que abarquem a dinamicidade do território e suas dimensões socioambientais e ecossistêmicas. Devem, ainda, incorporar macroprocessos tanto do ponto de vista administrativo e territorial quanto do ponto de vista socioambiental, incluindo os atores apropriados a essa escala e, em especial, garantindo a participação da sociedade civil.https://revistas.ufpr.br/made/article/view/69275gestão costeiraplanejamento ambientalestudos regionaisgovernança ambientalfluxos socioeconômicos |
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