Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário
INTRODUÇÃO: A prevalência da alergia alimentar tem vindo a aumentar nos últimos anos. O seu diagnóstico é difícil, dadas as diferentes apresentações e a existência de inúmeros fatores confundidores. A prova de provocação oral (PPO) é o gold standard para diagnóstico de alergia alimentar, no entanto...
Main Authors: | , , , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
José de Mello Saúde
2022-05-01
|
Series: | Gazeta Médica |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.gazetamedica.pt/index.php/gazeta/article/view/541 |
_version_ | 1818005884291252224 |
---|---|
author | Joana Soares Adriana Ferreira Lorena Stella Fátima Praça Jorge Romariz Herculano Costa Cláudia Pedrosa |
author_facet | Joana Soares Adriana Ferreira Lorena Stella Fátima Praça Jorge Romariz Herculano Costa Cláudia Pedrosa |
author_sort | Joana Soares |
collection | DOAJ |
description |
INTRODUÇÃO: A prevalência da alergia alimentar tem vindo a aumentar nos últimos anos. O seu diagnóstico é difícil, dadas as diferentes apresentações e a existência de inúmeros fatores confundidores. A prova de provocação oral (PPO) é o gold standard para diagnóstico de alergia alimentar, no entanto não é isenta de riscos. Os nossos objetivos foram a caracterização de população submetida a prova de provocação oral a alimentos em uni- dade de Imunoalergologia Pediátrica. Assim como, a avaliação do risco inerente às PPO com alimentos e identificação de fatores de risco que podem levar à necessidade de utilizar cateter periférico.
MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospetivo de provas de provocação oral com alimentos realizadas numa unidade de Imunoalergologia Pediátrica de um hospital nível II entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020.
RESULTADOS: Foram analisadas 90 PPO a diferentes alimentos: leite (39), peixe (14), ovo (13), frutos secos (6), fruta fresca (6), marisco (6), moluscos (6), amendoim (3) e cacau (1). As manifestações iniciais de alergia alimentar foram diversas, sendo as mais frequentes: urticária/angioedema (24,4%, n=22) e anafilaxia (21%, n=19). Trinta e dois por- cento das provas de provocação orais foram positivas; 51,7% dos doentes com PPO positiva tinha antecedentes de asma, rinite ou dermatite atópica. Durante a realização da PPO ocorreram 8 anafilaxias, 50% das quais em provas de provocação oral ao leite.
CONCLUSÃO: As provas de provocação oral realizadas em ambiente hospitalar com supervisão especializada são seguras, no entanto, existem riscos inerentes à sua realização. Na nossa amostra, cerca de um terço dos doentes teve uma prova de provocação oral positiva, no entanto, não foi possível identificar fatores de risco para a necessidade de utilização de cateter venoso periférico. Poderão ser realizados estudos prospetivos com este objetivo.
|
first_indexed | 2024-04-14T04:51:28Z |
format | Article |
id | doaj.art-ca4d3ee661ec4dc2b88c8da08ee532a6 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2183-8135 2184-0628 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-14T04:51:28Z |
publishDate | 2022-05-01 |
publisher | José de Mello Saúde |
record_format | Article |
series | Gazeta Médica |
spelling | doaj.art-ca4d3ee661ec4dc2b88c8da08ee532a62022-12-22T02:11:16ZengJosé de Mello SaúdeGazeta Médica2183-81352184-06282022-05-0111Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco NecessárioJoana Soares0Adriana Ferreira1Lorena Stella2Fátima Praça3Jorge Romariz4Herculano Costa5Cláudia Pedrosa6Serviço de Pediatria e Neonatologia, Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Penafiel, Portugal.Serviço de Pediatria e Neonatologia, Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Penafiel, Portugal.Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal.Unidade de Imunoalergologia Pediátrica, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal.Unidade de Imunoalergologia Pediátrica, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal.Unidade de Imunoalergologia Pediátrica, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal.Unidade de Imunoalergologia Pediátrica, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal. INTRODUÇÃO: A prevalência da alergia alimentar tem vindo a aumentar nos últimos anos. O seu diagnóstico é difícil, dadas as diferentes apresentações e a existência de inúmeros fatores confundidores. A prova de provocação oral (PPO) é o gold standard para diagnóstico de alergia alimentar, no entanto não é isenta de riscos. Os nossos objetivos foram a caracterização de população submetida a prova de provocação oral a alimentos em uni- dade de Imunoalergologia Pediátrica. Assim como, a avaliação do risco inerente às PPO com alimentos e identificação de fatores de risco que podem levar à necessidade de utilizar cateter periférico. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospetivo de provas de provocação oral com alimentos realizadas numa unidade de Imunoalergologia Pediátrica de um hospital nível II entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020. RESULTADOS: Foram analisadas 90 PPO a diferentes alimentos: leite (39), peixe (14), ovo (13), frutos secos (6), fruta fresca (6), marisco (6), moluscos (6), amendoim (3) e cacau (1). As manifestações iniciais de alergia alimentar foram diversas, sendo as mais frequentes: urticária/angioedema (24,4%, n=22) e anafilaxia (21%, n=19). Trinta e dois por- cento das provas de provocação orais foram positivas; 51,7% dos doentes com PPO positiva tinha antecedentes de asma, rinite ou dermatite atópica. Durante a realização da PPO ocorreram 8 anafilaxias, 50% das quais em provas de provocação oral ao leite. CONCLUSÃO: As provas de provocação oral realizadas em ambiente hospitalar com supervisão especializada são seguras, no entanto, existem riscos inerentes à sua realização. Na nossa amostra, cerca de um terço dos doentes teve uma prova de provocação oral positiva, no entanto, não foi possível identificar fatores de risco para a necessidade de utilização de cateter venoso periférico. Poderão ser realizados estudos prospetivos com este objetivo. https://www.gazetamedica.pt/index.php/gazeta/article/view/541CriançaHipersensibilidade Alimentar/diagnósticoHipersensibilidade Alimentar/imunologiaTestes Imunológicos |
spellingShingle | Joana Soares Adriana Ferreira Lorena Stella Fátima Praça Jorge Romariz Herculano Costa Cláudia Pedrosa Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário Gazeta Médica Criança Hipersensibilidade Alimentar/diagnóstico Hipersensibilidade Alimentar/imunologia Testes Imunológicos |
title | Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário |
title_full | Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário |
title_fullStr | Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário |
title_full_unstemmed | Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário |
title_short | Provas de Provocação Oral com Alimentos: Um Risco Necessário |
title_sort | provas de provocacao oral com alimentos um risco necessario |
topic | Criança Hipersensibilidade Alimentar/diagnóstico Hipersensibilidade Alimentar/imunologia Testes Imunológicos |
url | https://www.gazetamedica.pt/index.php/gazeta/article/view/541 |
work_keys_str_mv | AT joanasoares provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario AT adrianaferreira provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario AT lorenastella provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario AT fatimapraca provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario AT jorgeromariz provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario AT herculanocosta provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario AT claudiapedrosa provasdeprovocacaooralcomalimentosumrisconecessario |