TROMBO NO COLO ANEURISMÁTICO, TIPO DE ENDOPRÓTESE E DESENVOLVIMENTO DE ENDOLEAK TIPO IA – É ESTA ASSOCIAÇÃO UM PROBLEMA

Introdução: Os resultados a longo prazo do EVAR dependem da fixação proximal da endoprótese de forma a evitar migração da mesma e o desenvolvimento de endoleak tipo Ia. As características anatómicas do colo aneurismático, nomeadamente a presença de trombo, podem influenciar os resultados do EVAR....

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Bibliographic Details
Main Authors: Inês Antunes, Rui Machado, Duarte Rego, Vítor Ferreira, João Gonçalves, Gabriela Teixeira, Carlos Veiga, Daniel Mendes, Carlos Veterano, Carlos Pereira, Rui Almeida
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular 2019-09-01
Series:Angiologia e Cirurgia Vascular
Subjects:
Online Access:https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/156
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description Introdução: Os resultados a longo prazo do EVAR dependem da fixação proximal da endoprótese de forma a evitar migração da mesma e o desenvolvimento de endoleak tipo Ia. As características anatómicas do colo aneurismático, nomeadamente a presença de trombo, podem influenciar os resultados do EVAR. Objetivos: Estudar a relação entre o trombo do colo aneurismático e o tipo de endoprótese utilizada e o desenvolvimento de endoleak Ia. Materiais/Métodos: Análise retrospetiva da base de dados de doentes com AAA tratados por EVAR na nossa instituição entre dezembro 2001-2013. Procedemos à revisão de todos os angioTACs pré-operatórios disponíveis (total de 164) e dividimos os doentes em dois grupos: com trombo significativo no colo aneurismático (>25% da circunferência do colo) versus sem trombo significativo. Estudamos ainda o tipo de endoprótese (fixação supra versus infra-renal) utilizada. Posteriormente, avaliamos o follow-up e o desenvolvimento de endoleak tipo Ia.  Resultados: Dos 164 doentes, 38 doentes apresentavam trombo > 25% da circunferência aórtica (versus 126 com trombo <25%). 66 doentes foram tratados com endopróteses de fixação infra-renal e 98 com endopróteses de fixação supra-renal. O tempo médio de follow-up foi de 42.88 meses (±32.49). 3 (7.89%) dos doentes com trombo significativo e 9 (7.14%) dos doentes sem trombo significativo desenvolveram endoleak Ia. Quando consideramos o tipo de endoprótese utilizada, verificamos que 7 (7.14%) dos doentes tratados com endopróteses de fixação supra-renal e 5 (7.57%) dos tratados com endopróteses de fixação infra-renal desenvolveram endoleak Ia. Dos 38 doentes com trombo significativo, 25 foram tratados com endopróteses de fixação supra-renal e destes, 1 (4%) desenvolveu endoleak Ia; os restantes 13 foram tratados com endopróteses de fixação infra-renal e destes 2 (15.38%) desenvolveram endoleak Ia, no entanto, esta diferença não foi estatisticamente significativa (p=0.265). Dos 126 doentes com trombo não significativo, 73 foram tratados com endopróteses de fixação supra-renal e destes, 6 (8.22%) desenvolveram endoleak Ia; os restantes 53 foram tratados com endopróteses de fixação infra-renal e destes, 3 (5.66%) desenvolveram endoleak Ia.  Conclusões: A presença significativa de trombo no colo aneurismático não parece influenciar o desenvolvimento de endoleak tipo Ia. No entanto, nos doentes com trombo significativo, apesar de não termos obtido diferença estatisticamente significativa, observamos uma maior percentagem de endoleak tipo Ia nos doentes tratados com endopróteses de fixação infra-renal (15.38% versus 4%) sendo necessário manter o seguimento destes doentes de modo a podermos tirar conclusões no futuro.
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