Um Estudo das Variantes Lexicais para Denominar o Diabo na Fala do Interior Paranaense

Este artigo é uma análise dialetológica e sociolinguística das escolhas lexicais que os falantes de dezesseis cidades do interior do estado do Paraná realizam para completar a sentença: Deus está no céu e no inferno está...? Os dados que embasaram tal investigação foram coletados e transcritos po...

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Bibliographic Details
Main Authors: Rosangela Maria de Almeida NETZEL, Vanderci de Andrade AGUILERA
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Londrina 2019-08-01
Series:Signum: Estudos da Linguagem
Subjects:
Online Access:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/35521/27463
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description Este artigo é uma análise dialetológica e sociolinguística das escolhas lexicais que os falantes de dezesseis cidades do interior do estado do Paraná realizam para completar a sentença: Deus está no céu e no inferno está...? Os dados que embasaram tal investigação foram coletados e transcritos por pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), uma iniciativa contemporânea para o estudo variacionista pautado na importância de valorizar os regionalismos e de compreender as motivações que os geram. Para tanto, cumpriram-se as seguintes análises: (i) bibliográfica, sobre as referências a esse ser em algumas religiões ocidentais; (ii) geolinguística, sobre a distribuição espacial das variantes no interior do Paraná; e (iii) sociolinguística, para verificar se fatores extralinguísticos – como sexo, idade, escolaridade e religião – podem interferir na escolha do falante sobre o uso desta ou daquela denominação. Os dados demonstraram que os falantes aqui pesquisados conhecem quase duas dezenas de nomes para o diabo, sendo cinco são os mais frequentes: diabo, capeta, demônio, satanás e lúcifer, e que a maioria deles está dicionarizada com esta acepção em Aulete (1964) e Ferreira (2004). Quanto às variáveis extralinguísticas, verificou-se que os homens e os informantes da faixa etária II (de 50 a 65 anos) são os responsáveis pelo maior número de variantes, e também pelas ocorrências únicas. As variáveis sexo e religião que os informantes professam não parecem influenciar na presença ou frequência das variantes.
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spelling doaj.art-cadb5c909f5b477ba8cefad56fa4ae6e2022-12-22T03:03:20ZengUniversidade Estadual de LondrinaSignum: Estudos da Linguagem1516-30832237-48762019-08-01222305410.5433/2237-4876.2019v22n2p30Um Estudo das Variantes Lexicais para Denominar o Diabo na Fala do Interior ParanaenseRosangela Maria de Almeida NETZEL0Vanderci de Andrade AGUILERA1 Universidade Estadual de Londrina (UEL)Universidade Estadual de Londrina (UEL)Este artigo é uma análise dialetológica e sociolinguística das escolhas lexicais que os falantes de dezesseis cidades do interior do estado do Paraná realizam para completar a sentença: Deus está no céu e no inferno está...? Os dados que embasaram tal investigação foram coletados e transcritos por pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), uma iniciativa contemporânea para o estudo variacionista pautado na importância de valorizar os regionalismos e de compreender as motivações que os geram. Para tanto, cumpriram-se as seguintes análises: (i) bibliográfica, sobre as referências a esse ser em algumas religiões ocidentais; (ii) geolinguística, sobre a distribuição espacial das variantes no interior do Paraná; e (iii) sociolinguística, para verificar se fatores extralinguísticos – como sexo, idade, escolaridade e religião – podem interferir na escolha do falante sobre o uso desta ou daquela denominação. Os dados demonstraram que os falantes aqui pesquisados conhecem quase duas dezenas de nomes para o diabo, sendo cinco são os mais frequentes: diabo, capeta, demônio, satanás e lúcifer, e que a maioria deles está dicionarizada com esta acepção em Aulete (1964) e Ferreira (2004). Quanto às variáveis extralinguísticas, verificou-se que os homens e os informantes da faixa etária II (de 50 a 65 anos) são os responsáveis pelo maior número de variantes, e também pelas ocorrências únicas. As variáveis sexo e religião que os informantes professam não parecem influenciar na presença ou frequência das variantes.http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/35521/27463léxicodiabointerior paranaense
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