Summary: | A mononucleose infecciosa (MI), popularmente conhecida
como “Doença do Beijo”, é uma doença transmissível, causada
por infecção primária pelo Epstein-Barr (EBV) que afeta,
principalmente jovens entre 15 e 25 anos de idade. As
manifestações clínicas são benignas na maioria dos casos,
apresenta bom prognóstico e possui extenso polimorfismo
clínico. A MI é sindrômica e caracteriza-se pela tríade: febre
(elevada), faringite ou amigdalite com exsudado e adenopatias
(cervicais e com maior acometimento das cadeias posteriores.
Pode cursar com rash cutâneo, hepatoesplenomegalia,
linfonodomegalias, linfocitose com linfócitos atípicos,
geralmente apresenta resolução espontânea. As complicações
neurológicas são raras e incluem meningoencefalite, paresia de
nervos cranianos, meningite, cerebelite aguda síndrome de
Guillain-Barré e mielite transversa. O diagnóstico é presuntivo,
devendo se basear na presença de sintomas clássicos associados
à presença de linfócitos atípicos. A confirmação diagnóstica é
realizada com testes sorológicos inespecíficos. Geralmente a
doença é autolimitada e o tratamento é paliativo, incluindo
repouso, antipiréticos e analgésicos. A terapia com
corticosteroides e antivirais nos casos mais graves não se
mostrou eficaz. O tratamento atual é de cunho paliativo, mas
espera-se que os estudos acerca de vacinas dirigidas à
glicoproteína principal do EBV progridam, oferecendo alternativas
viáveis, seguras e eficazes à essa morbidade.
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