ENTEROCOCCUS FAECIUM E E. FAECALIS SENSÍVEIS E RESISTENTES À VANCOMICINA (VRE) ISOLADAS DE INFECÇÃO E COLONIZAÇÃO, RESPECTIVAMENTE, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO: UMA COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
Introdução/Objetivo: Enterococcus estão normalmente associados a infecções relacionadas à assistência à saúde, geralmente apresentando perfil de multidroga resistência. Esse estudo objetivou comparar a resistência antimicrobiana de amostras VRE (Enterococcus resistentes à vancomicina) oriundas de sw...
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023001009 |
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author | Eduardo de Oliveira Bressan Yuri Victor Lahud Lohana da Costa Lima Douglas Guedes Ferreira Rachel Leite RIbeiro Raiane Cardoso Chamon |
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description | Introdução/Objetivo: Enterococcus estão normalmente associados a infecções relacionadas à assistência à saúde, geralmente apresentando perfil de multidroga resistência. Esse estudo objetivou comparar a resistência antimicrobiana de amostras VRE (Enterococcus resistentes à vancomicina) oriundas de swab retal com o perfil de amostras de Enterococcus sensíveis à vancomicina, isoladas de materiais clínicos diversos, coletados de dezembro de 2021 a junho de 2022, de pacientes atendidos em um Hospital Universitário. Métodos: Amostras identificadas como Enterococcus pelo método automatizado foram selecionadas, e confirmadas quanto à espécie por MALDI-TOF MS. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinado pelo método de disco-difusão. A concentração mínima inibitória (CMI) para vancomicina foi determinada pelo método de microdiluição em caldo para amostras VRE e a presença do gene vanA foi observada pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) para todas as amostras. Resultados: Um total de 59 amostras foram identificadas, sendo 31 de colonização anal (VRE) e 28 de materiais clínicos diversos. Dentre as VRE, 55% foram caracterizadas como E. faecalis (VREfa) e 45% como E. faecium (VREfm). Já entre as amostras de origem infecciosa, 89% eram da espécie E. faecalis e 11% E. faecium. Entre E. faecalis (n = 41), amostras VREfa apresentaram maiores taxas de resistência à cloranfenicol, eritromicina, quinolonas e vancomicina (p-valor < 0,05), enquanto para amostras de E. faecium (n = 18), a diferença na taxa de resistência foi significativa apenas para glicopeptídeos (amostras VREfm). Contudo, independentemente da resistência à glicopeptídeos, as amostras de E. faecium apresentaram maiores taxa de resistência à ampicilina, nitrofurantoína, quinolonas, rifampicina e tetraciclina (p-valor <0,05). A maioria (>90%) das amostras VRE, independente da espécie bacteriana, apresentou CMI > 64 µg/mL para vancomicina, sendo todas vanA positivas. Conclusão: Apesar de observado uma alta taxa de resistência à quinolonas entre amostras VREfa, ao compararmos as duas espécies, independente da resistência à vancomicina, cepas E. faecium apresentaram maiores taxa de resistência aos antimicrobianos, de maneira geral. Nossos resultados contribuem para elucidar os aspectos da emergência e disseminação de microrganismos multirresistentes, ressaltando a importância da vigilância epidemiológica de Enterococcus, especialmente aqueles caracterizados como VRE. |
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spelling | doaj.art-cc2b63226ee84905a0f0d3976ab837f52023-11-16T06:06:16ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127102840ENTEROCOCCUS FAECIUM E E. FAECALIS SENSÍVEIS E RESISTENTES À VANCOMICINA (VRE) ISOLADAS DE INFECÇÃO E COLONIZAÇÃO, RESPECTIVAMENTE, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO: UMA COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANAEduardo de Oliveira Bressan0Yuri Victor Lahud1Lohana da Costa Lima2Douglas Guedes Ferreira3Rachel Leite RIbeiro4Raiane Cardoso Chamon5Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil; Corresponding author.Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilHospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilIntrodução/Objetivo: Enterococcus estão normalmente associados a infecções relacionadas à assistência à saúde, geralmente apresentando perfil de multidroga resistência. Esse estudo objetivou comparar a resistência antimicrobiana de amostras VRE (Enterococcus resistentes à vancomicina) oriundas de swab retal com o perfil de amostras de Enterococcus sensíveis à vancomicina, isoladas de materiais clínicos diversos, coletados de dezembro de 2021 a junho de 2022, de pacientes atendidos em um Hospital Universitário. Métodos: Amostras identificadas como Enterococcus pelo método automatizado foram selecionadas, e confirmadas quanto à espécie por MALDI-TOF MS. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinado pelo método de disco-difusão. A concentração mínima inibitória (CMI) para vancomicina foi determinada pelo método de microdiluição em caldo para amostras VRE e a presença do gene vanA foi observada pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) para todas as amostras. Resultados: Um total de 59 amostras foram identificadas, sendo 31 de colonização anal (VRE) e 28 de materiais clínicos diversos. Dentre as VRE, 55% foram caracterizadas como E. faecalis (VREfa) e 45% como E. faecium (VREfm). Já entre as amostras de origem infecciosa, 89% eram da espécie E. faecalis e 11% E. faecium. Entre E. faecalis (n = 41), amostras VREfa apresentaram maiores taxas de resistência à cloranfenicol, eritromicina, quinolonas e vancomicina (p-valor < 0,05), enquanto para amostras de E. faecium (n = 18), a diferença na taxa de resistência foi significativa apenas para glicopeptídeos (amostras VREfm). Contudo, independentemente da resistência à glicopeptídeos, as amostras de E. faecium apresentaram maiores taxa de resistência à ampicilina, nitrofurantoína, quinolonas, rifampicina e tetraciclina (p-valor <0,05). A maioria (>90%) das amostras VRE, independente da espécie bacteriana, apresentou CMI > 64 µg/mL para vancomicina, sendo todas vanA positivas. Conclusão: Apesar de observado uma alta taxa de resistência à quinolonas entre amostras VREfa, ao compararmos as duas espécies, independente da resistência à vancomicina, cepas E. faecium apresentaram maiores taxa de resistência aos antimicrobianos, de maneira geral. Nossos resultados contribuem para elucidar os aspectos da emergência e disseminação de microrganismos multirresistentes, ressaltando a importância da vigilância epidemiológica de Enterococcus, especialmente aqueles caracterizados como VRE.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023001009Enterococcus spp. VRE Resistência Antimicrobiana Colonização Infecção |
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title_sort | enterococcus faecium e e faecalis sensiveis e resistentes a vancomicina vre isoladas de infeccao e colonizacao respectivamente em um hospital universitario do rio de janeiro uma comparacao da resistencia antimicrobiana |
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